quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Miss you, little.



Mas saudade é assim mesmo. Não adianta quanto tempo você tentou acumular fazendo companhia aquela pessoa. Não adianta quão próxima você fica de uma pessoa antes que ela vá. Você sempre vai a querer cada vez mais e mais depois de sua partida. Sua vontade de tê-la é tão intensa quanto antes. E aumenta ainda mais com o tempo. Ódio é um sentimento ruim, mas ainda não se compara a saudade. Saudade não é sentimento. Não é intenso. Não é oscilante. Se mantém sempre dentro de você. E o sintoma é um vazio, uma bolha no estômago, que nunca sai. Dói pensar. Você não sabe como dói pensar em você e saber que esta tão longe. Te quero tanto, te quero tão bem. Mas não te quero longe. Chega de distancia. Chega de me guardar. Como é que se guarda segredo de uma coisa boa? Dádivas não são feitas para serem escondidas. Mas eu te escondo nos meus dias. Escondo seu jeito, seu carinho. Escondo, te protejo. Me protege? Preciso das suas mãos pra me encontrar nessa escuridão. Me da as mãos. Me leva pra um lugar seguro. Deixa eu dormir com você. Dormir. Deixa eu sentir o cheiro e sorrir. Deixa eu encostar o ouvido no seu peito e escutar o melhor som do mundo. Ele é todo meu. Seu coração é meu. Seus batimentos são meus. Seus pensamentos. Sua alma. E eu sou inteiramente sua. Estamos amarrados aqui, e não quero me soltar. Não quero te perder, mas deixa eu me perder em você? Deixa eu embolar nossos lençóis até nossos pés se tocarem. Deixa eu brincar. Deixa eu ficar aqui perto? Chega de distância, chega de adeus. Nós somos pra sempre. 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011








Como colocar em palavras 12 meses? Doze incríveis meses? Incríveis? Pois é, nem tanto... Este ano, foi um ano baseado nos fins. Baseado no fim do mundo de 2012. Já que este é o ultimo ano que terá fim, foi o ano de arriscar. Fazer o impossível. Ao contrário de alguns, que viveram intensamente cada segundo, eu vivi o que queria viver. Eu tentei realizar meus sonhos. Mas 2011 não foi fácil, não. Rendeu lágrima, rendeu sorriso, rendeu inimizade. Mas rendeu a minha realidade. Este ano foi a peneirada. Expulsar da minha vida quem não precisa ficar. Tirar quem nunca devia ter entrado. Dar a valor a quem realmente merecia. Desmerecer quem nunca me valorizou. Baseado em todas as aventuras, aí vai minha lista de conselhos. Forcei um relacionamento com meu melhor amigo pra conseguir entender que ele é definitivamente, meu melhor amigo. O bom desse tipo de relacionamento, são as conversas, a intimidade, e o quanto o outro te conhece. Seu melhor amigo é um pedaço da sua alma. Ele te conhece de trás pra frente, e quando você o coloca como seu companheiro, ele sabe exatamente como, quando e aonde você esta com ciúmes. Sabe porque esta nervosa e até quando ficará. Sabe o que fazer, o que falar. Mas, mais do que tudo isso, seu melhor-amigo-futuro-namorado é seu melhor amigo. Ainda estará lá por você, te ajudará, irá te socorrer. Foram três meses imensamente felizes enquanto tentei fazer do meu melhor amigo como meu amor. Mas ele não nasceu pra ser meu amor. Nasceu pra ser o melhor-amigo-amor-da-minha-vida. Porque sim, ele é o amor da minha vida. Porque é meu melhor amigo acima de qualquer coisa. Foi quem esteve comigo como amor, como amigo, colega, ombro, companhia. E depois que ele simplesmente encontrou o amor dele, nós entendemos que seríamos pra sempre, melhores amigos. E assim foi. Assim é. Sempre será. Depois de um tempo, ele começou a namorar e me deixou de lado. Idiota. Mas meu melhor amigo é pra sempre e ele sempre volta pra mim. Ele voltou. Mesmo namorando, voltou. Mesmo com a namorada com ciúmes, ele voltou. Logo depois antigos amores tentaram voltar. E conclui que se é ex-amor, tem motivo pra ser ex. Não se arrisquem num antigo relacionamento se vocês ainda são as mesmas pessoas. Não dará certo. De novo. Mas ex-amor sempre desencadeia um milhão de coisas de lembranças. E foi a época de se apaixonar por mim mesma. Pra saber meu valor, pra entender do porque eu decidi certas coisas em minha vida. E me lembrei que o tempo todo, eu decidia as coisas por amor-próprio. Não passe por cima da sua cabeça por ninguém. Se você se esgota por uma outra pessoa, depois, como você vai comemorar a bonança? Esteja firme e forte. Se for doer em você, não permita. Você é a pessoa mais legal, bonita e interessante que você irá conhecer em toda sua vida. Preserve-se. Não deixe esse posto a mais ninguém. Me fechei para qualquer ex-amor que se reaproximou, e me abri a Deus, novamente. Incrível como ele tem escrito todo meu destino certo em linhas tortíssimas. Como esperado, me afastei da igreja novamente. Eu não consigo me sentar, calar e ficar escutando o que o padre tem a dizer. A minha fé não fica ali. Minha fé mora nas minhas orações, nas dificuldades. Fica nas lágrimas e nas alegrias. Nos momentos de dor, das preces, e dos agradecimentos. Fica nas vitórias e na saúde da minha família. Minha fé se acomoda quando o mal não prevalece ou quanto a benção é derramada sobre as pessoas que amo. Minha fé nunca se esgota e sempre se multiplica. Deus tem me mostrado que quer e vai jogar cada vez mais pesado comigo. E vai fazer isso porque sabe que eu consigo vencer todos os jogos. Não houve dificuldade que eu abaixei a cabeça ou deixei de crer. A cada vez que os círculos se fechavam, mais apegada eu ficava, e mais minha fé se afiava. Agora, não da mais. Eu sou complemente abençoada e não existe nada que me atinja que eu não saiba resolver. As coisas ficam difíceis mas eu me agarro a Ele, que sempre me ajuda. Acreditem em algo. Não é um apelo a minha religião. É um apelo a alma. Acreditem em algo. Tenham fé em alguma religião, ou em alguém. Acreditar em algum ponto de vista é ter uma estrela-guia. É ter sempre pra onde ir e pra onde voltar. É o que vai te proteger e te abençoar. Junto da religião, vieram os velhos amigos. Os velhos amigos dos quais tentei reaproximar. Que você se dedica, conversa. Que você implora pra voltar. Mas eles não querem. E você entende a mensagem. Você se mantém gentil, educada. Você se mantém conversando. Mas você desiste de ter algo mais sólido. Existem pessoas assim, mesmo. Que te querem perto, mas não muito perto. E você simplesmente entende e se mantém. Existem também os amigos das circunstâncias. Amigo das circunstâncias são os amigos que aparecem na bonança. Na fartura. Na hora da festa. Só quando convir. Só enquanto precisa de você. Ou amigo da circunstância, que é aquele que aparece pra causar a dor. Pra manifestar a inveja. Lembrar de algo ruim. Só pra você não ser feliz. Meu conselho sobre isso? Mantenha-os perto. Esse tipo de amigo são os que você pode concentrar toda sua raiva. São os exemplos que você utilizará na hora de falar uma pessoa com alma pequena. Mesquinha. Que vive parasitando a felicidade alheia. Tem os amigos falsos, também. Que aparecem pra captar informações necessárias e logo depois falar mal de você. Falar que você é uma vaca só porque você parou de falar com ela. Falar do quanto ela é esperta por conseguir tudo que quer com você, e falar quão burra você é de não ter percebido. Não me afetam mais. Sei a missão desse tipo de gente. O destino se encarrega de fazer voltar. Mas, acima dos amigos que não valem a perda de tempo, existem os maravilhosos amigos que a vida se encarrega de colocar a seu lado. Os mesmos amigos de sempre, e os novos amigos. Eu me afastei de alguns, por pura convivência. Comecei a conhecer algumas pessoas e reparar que não eram tão amigos assim. Outros, por jogar em dois times e nunca sair de cima do muro, me cansaram. E outros, só me provaram ainda mais que são fieis e que não me deixarão cair. Logo depois, vieram os estudos, apertando, como sempre. E vieram os amigos acomodados. Em um grupo de 5 pessoas, feito para montar uma empresa, só duas trabalharam duro. Claro, tivemos muita ajuda, mas não o suficiente. Acaba que quando uma coisa requer muito seu esforço, você se esquece de outras... Então não adianta se glorificar por passar de ano, passar num concurso, conseguir nota alta, se essa nota não é sua. Não fui a melhor este ano, mas tudo que ganhei foi muito meu. Feito do meu esforço e meu merecimento. Pra terminar o ano, a doença na família. O vício doentio. A falta de confiança. A perda dos amigos. A falta de esperança. Os erros cometidos. Os erros sendo consertados. Erros que se tornaram bênçãos. Erros que só trouxeram coisas boas, e apesar de doer nos outros, você não quer desistir. Mas afinal, quantos outros escolheram os erros do que minhas dores? Minha vez  de acertar. Veio também o entendimento sobre tantas coisas que ficaram confusas. Se colocar no lugar do outro. Perdoar quem não quer ser perdoado. Aceitar provocação de quem errou com você e nunca admitirá. Ver as pessoas que você amou se tornarem pessoas completamente diferentes. Se apaixonar perdidamente por alguém. Por qualquer coisa.  Mas como conselho final: Viva. Não deixe de fazer o que quer e desistir de quem realmente vale a pena, por nada. Doa a quem doer, você não esta fazendo mal a ninguém. Esta fazendo bem a você. Faça o que deve fazer. Arrisque-se. Viva. Já é tarde demais! Comece agora! Corra! Vá. 

domingo, 18 de dezembro de 2011

Quanto vale uma amizade?



Tudo envelhece com o passar do tempo. Por mais que o quarto esteja lindo com os ursos na prateleira, tem hora que precisa mudar. É sempre muito lindo no começo, porque é diferente. Mas a imagem do quarto com aqueles ursos se torna comum e logo não é mais especial. Hora de mudar. Tire os ursos daí, guarde num canto do armário e coloque os livros no lugar. Em breve você precisará descartar os livros, também. Aceita e entende, que a vida é assim. Mas não se esquece de olhar pros ursos da prateleira e relembrar. Relembre de quando o ganhou e quando o colocou ali. Era excepcional pra você. Porque é que você esta tirando o urso, agora? Quanto valeu aquela amizade? O suficiente pra se manter na prateleira, ou o bastante pra ir para o fundo do armário? Não adianta falar que esqueceu o passado. O passado é o que você é, hoje. É uma parte que esta presa em você como um coração. Não da pra viver sem. Entenda que passado não é pra ser esquecido. É pra ser guardado, e sempre que necessário, relembrado. Apesar de não ter o mesmo quarto de antes, sou a mesma. E ainda vejo imagens de coelhos e tenho vontade de te mandar, pra falar que parece com você. Tenho vontade de te mandar frases sobre pessoas que como nós, são desprovidas de sentimento, só pra ter consciência que não estou sozinha no mundo e que você também não está. Mas tento evitar tudo isso, pra não cair em tentação da emoção. Quero ser só razão por um tempo. Ser emoção me faz voltar a vocês. E estar com vocês, é impossível pensar. É só sentir. Então, se sinto, logo, me magoo. Infelizmente é assim. Amigos são as pessoas que mais me fazem bem no mundo. E era tão fácil suportar alguns espinhos. Mas agora sangra demais. Antes eu me aproximava, me cortava e afastava. Quando o machucado fazia a casquinha, voltava. E vocês abriam novamente aquela ferida. Infelizmente agora preciso ficar longe o suficiente para cicatrizar. Sei que esses machucados só são espinhos aos meus olhos. Só é perigoso pra mim. E não vou obrigar ninguém a vê-los como espinhos, também. Mas não da pra ficar num lugar que te sufoca, e te machuca. Amo esses ursos de todo coração, e é por isso que eles nunca descerão para o porão. Ficarão no fundo do armário, até que eu possa colocá-los novamente na minha prateleira. Evitarei sentir, por agora. Mas eu volto, quando toda essa confusão interna, parar. Quando organizar as idéias e o coração. Aniquilei, mas volto, quando puder.

sábado, 8 de outubro de 2011

Valeu

Acho que acabou. Digo que acho porque dezenas de vezes vi acabar. Jurei acabar. Quis que acabasse. Mas todas essas vezes me deixei nas mesmas sensações. Continuava me policiando para não amar ninguém. Porque amar doía. E hoje penso que se ainda acredita que algo doa, é porque não morreu. Dessa vez realmente acredito que acabou. E quando lembro, sorrio. Uma lembrança boa, doce. Pura. Nosso amor era puro. E me sinto feliz de tê-lo vivido. Te guardo com carinho. Sem rancor, sem dor, sem raiva. Me perdoa, também. Sei que construi muita coisa em você, assim como construiu em mim. E eu destruí algumas coisas em você. E não fiz pro seu mal. Fiz pro meu bem, que acabou te atingindo. Entenda que tudo era muito difícil e distante. Que éramos jovens demais. Perdidos, rebeldes. Não sabíamos nada direito e tentamos. Não era pra ser mesmo. Mas eu me diverti. Fui feliz. Hoje sorrio porque foi bom. Valeu a pena. Valeu demais.

Melhor sozinha

Aquela mesma tristeza de antes. Sensação de fraco, caindo, arrastando... Mas não tenho vontade de escrever sobre. Não tenho vontade de mandar uma mensagem - Não da pra aguentar até amanhã. Vem hoje, vem agora. Vem já. - Não preciso de ajuda. E não digo isso por orgulho. Até sou orgulhosa, mas não nesse caso. Eu simplesmente me entendi com minha tristeza. Ela vive dentro de mim e eu me comprimo, aperto e espremo pra que fiquemos em paz. E ela me escuta, me aceita. Porque atualmente eu não consigo contar nos dedos quem são os verdadeiros amigos. É um número cada vez menor. Cresço cada vez mais seletiva e desconfiada. Faço com que pisem em ovos comigo. Uma sujeira... E fora. Não é ser chata, não. Mas já sujaram muito minha casa. Sujaram minha cara. Meu amor e meu orgulho. A gente acaba proibindo qualquer forma de sujeira que tente entrar novamente. Qualquer detrito, sujeira, pó, me faz repelir. Expulsar. Tenho me fechado cada vez mais e mais com minha própria tristeza e tenho sido minha melhor companhia e não sinto falta de ninguém. Então é só. Não confio meus segredos a ninguém se arrisca e se aproximar. Não tenho muito com quem contar e isso vem mostrando como posso, consigo e quero ser meu colo, meu consolo, meu lenço, meus conselhos e minha fortaleza. Me apoio em mim mesma e sigo bem. Sozinha da mais certo, certo?

domingo, 2 de outubro de 2011

Preciso de você, e falo sério. Não que eu sinta falta dele, mas eu sinto falta do bom amigo que ele foi. Da boa companhia que era. Ele sempre me confortou tanto, ele sempre me escutava... As coisas mais bobas que eu falava ele ouvia. Ele entendia. Ele respondia. Nem que fosse com um sorriso. Sabe a falta que tenho de alguem que me escute? Não te ligo a toa. Ligo quando meu orgulho não segura as pontas e preciso de alguém. Recorro a você porque acredito que algum milagre vai te tocar e você não será tão seca. E vai cuidar de mim. É por isso que duvido quanto você diz que vai estar sempre aqui. Você esta sempre pela metade. Perde no meio das minhas falas e não consegue responder. Não consegue nem disfarçar seu desinteresse. E nada te emociona. Não te comove quando te ligo meia-noite querendo escutar seu "oi". E sabe o que é triste? Estou te afastando e me acostumando. Estou deixando de me importar se você vai escutar ou não. Você não quer escutar. E é por isso que quero ele aqui. Pra me confortar. Me ouvir e dar o colo que só ele sabe qual. Só ele sabe como me fazer viver.

sábado, 1 de outubro de 2011

Queria te falar tantas coisas. Me perdoa não te chamar mais assim, mas tudo ficou tão a prova de uns tempos pra cá. Perdi o costume porque parei de acreditar. Tenho ficado cada vez mais dura, fria e seca. E morro de medo de nunca mais ser gente. De nunca mais acreditar. De machucar pessoas inocentes. Você é uma delas. Seu tamanho não corresponde a tua cabeça. Ainda é uma criança. Sobrevive de gargalhadas escandalosas e de carinho. Precisa de atenção pra ficar em paz. Você precisa de alguém que cuide de você. Mas sempre que tento, travo. Você é vítima dos meus espinhos e eu sinto muito por isso. Não vou te ausentar da culpa de que alguns espinhos, são sim, seus. Mas quem é que não machuca o outro as vezes? Tenho feito isso sempre. E lamento, mesmo. Eu sempre tento voltar, mas tem coisas que não vou engolir. Não sei se você sabe, mas eu me esforço demais pra não mostrar quão sem nada eu sou. Mas infelizmente, sou. Estou tentando, está bem? É isso que importa, agora. Que não desisti nem de você, nem de mim, e nem de nós.     

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Você me disse que tem coisas que vale sim passar por cima do orgulho e correr atrás. Mas existem outras que não rendem mais. Por mais que se mantenha, não são como sempre foram. Existem erros imperdoáveis. E a partir daquele momento eu me fechei. E parei de procurar. Não sei se foi um atalho ou um caminho mais distante, mas sei que cheguei. E hoje vejo que se tivesse continuado nas mesmas coisas, estaria num beco sem saída. Por muitas vezes durante o caminho olhei pra trás e vi que podia fazer tudo como queria. Mas me mantive confiante, porque você disse que não, não dava mais certo. Hoje vejo que você tem razão. Mas porque você não está fazendo o mesmo? Não vale mais. Não tente. Não se esforce. Não existe mais nada. Está ridículo te ver assim, e sabe de uma coisa? Ta doendo, doendo pra caralho. Mas ninguém quer saber. Ele quer saber pra ter consciência de até onde você está sob o poder dele. As pessoas querem saber pra se manterem informados. E seus amigos não precisam saber. Eles sentem ao te ver. E eles te darão força. Eu também. Estou aqui. Estou aqui mesmo. Me procura só pra desabafar. Eu tenho conselhos meio retraídos, fechados. Mas é minha forma de proteção. Quero te proteger também. Você não precisa disso, entende? Se não era pra ser, não existe texto, indireta, lágrima, grito ou choro que faça ser. Não vai ser, não vai ser, não vai ser. Repete, até acreditar. Faz um bem, depois que passa... 

sábado, 3 de setembro de 2011

Vem





Vem cá. Vem pra cá. Não quero espaço entre nós. Me abraça, me cheira, me sente. Vem aqui. Senta do meu lado. Faz carinho no meu cabelo. Me fecha os olhos. Me beija a testa. Me beija o nariz. Me beija a boca. Me beija as mãos. Me faz cócegas. E fala que minha risada é a coisa mais gostosa que você já escutou. Que meu cheiro é a melhor coisa que você já cheirou. Que meu beijo é a melhor coisa que você já provou. Me faz arrepiar, me envolve os dedos à nuca. Fica essa noite. Divide minha cama de solteiro comigo. Bem apertado, bem sem espaço. Não quero mais essa distância. Me leva pra janela, conta as estrelas comigo. Faz um pedido. Me pede pro resto da vida. Me deixa ficar, pro resto da vida. Me faz rir. Me carrega, me empurra e me puxa. Eu só quero que você fique e que você me faça feliz. Só quero que você fique pra sempre. Vem e não vai, nunca mais. 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Você não será capaz de responder

Você diz que o que eu falo dói. Machuca. é bem provável. Toda ação tem sua reação, certo? Ninguém quis saber o quanto poderia doer em mim. O quanto poderia me machucar, magoar. O quanto poderia me destruir, me quebrar. Fez por fazer. Foi. Mergulhou de cabeça. E me levou contigo. Teus afagos, suas tristezas, suas incertezas. Eu sou obrigada a viver tudo isso? Sim, sou. Estamos acorrentadas nessa. E tudo bem, agora. O que posso fazer, além de aceitar? Nada. Nada que eu faça vai te fazer desistir. Mas não vou me calar. Não vou fingir estar feliz. Não serei educada nem gentil. Não sou, por natureza. E agora, menos ainda. 

domingo, 21 de agosto de 2011


Ontem me sentei na poltrona do quarto e fiquei olhando a lua. Qual a graça de uma bola branca no céu que ora está completa, ora esta na metade? Qual a graça desse balão branco que tem dias que ninguém encontra, e no outro está firme, enorme e intenso? Pensei no porque você via graça naquilo. E sabe o que é? Provavelmente a unica coisa que te entende e compreende. A lua é de lua. É de fases. Muda de acordo com o tempo. Se não está afim, vai pra trás da nuvem e até nunca mais. Mas se quer aparecer chega a mudar de cor. Nem branca mais ela quer ser. É como você. Muda de acordo com o tempo. Desaparece quando quer e fica intensa quando tem vontade. Bipolar. Muda o tempo todo. Tem seus dias de sorriso e dança, e logo depois quer abraço e companhia. É cheia de segredos. Não confia em ninguém. Usa quantas máscaras precisar pra dizer que está bem. E sabe que convence? Se eu não te conhecesse tão bem... Se eu não soubesse exatamente o que fazer pra ver sua verdadeira face, você iria me enganar. Assim como engana todos quando nada vai bem. Quando você precisa pedir ajuda e não pede. Você não precisa crescer. Pensar. Sofrer. Você precisa mudar. A forma de falar, de vestir, de andar, de ser. Precisa ouvir de forma diferente, pensar de forma diferente e saber responder. Entender que as vezes silêncio cobre qualquer resposta ou abraço. Entender que tempo cura, mas não soluciona. E que você precisa sim, ter alguém em quem confiar. Alguém em que você possa se apoiar. Precisa de melhores amigos. Irmãos. Pais. Sozinho dá mais certo, mas não se é feliz. É preciso bagunçar as coisas as vezes. E entender que tem valor. Imenso. Que ninguém pode comprar. Que tem pessoas que precisam de você. Mesmo. Eu preciso, por sinal. Precisei tanto, nesse um mês. Não importa se eu fui embora. Se quis ir embora pra sempre. Já te expliquei a diferença de irmão pra amigo, não é?

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Lamento...

Eu lamento tanto, mas tanto. É uma pena não conseguir. Não chegar lá. É uma pena tudo ter acontecido num só momento. Você sabe que quando esse tipo de coisa cái em mim eu desisto. Eu fujo. Não aguento, não carrego. É a vida. Eu tentei ao máximo, eu respirei fundo todas as vezes que você me mandava respirar. Eu tive calma quando você pediu. Mas chega. Estou farta. Cansada de vocês. Se eu pudesse ao menos sair de perto de vocês, desses problemas... Se eu ainda pudesse fugir sem dizer nada a ninguém. Mas não dá. Te encaro todos os dias com um sorriso enorme, enquanto minha mente me implora pra que eu saia correndo. Não vou mais forjar a raiva que tenho. O mau humor que quero mostrar. O inferno que quero fazer. A gente vê o que quer ver. E as vezes isso foi culpa minha. Só te mostrei o meu lado ruim. Aquele que você diz não se importar, viver bem, fria, calculista. Você só me conhece assim, porque eu  permiti que você só me visse assim. É uma pena você estar assim agora. É uma pena que você esteja indo por esse caminho. Mas eu não me importo. Porque eu sei que fiz o melhor por você. Eu tentei. Se você insiste em ir pelos mesmos caminhos é porque gosta. Porque quer. Porque não precisa de ajuda. Então lavo minhas mãos. Há tanto pra dizer. Mas posso resumir assim? Quem tudo quer, nada tem. Quando Deus te dá alguma coisa, te tira outra. Mais resumido ainda? Você não pode ter as duas. Infelizmente, não se mistura. Não existe essa fusão. É uma pena, também. E não é pra escolher, não. Eu já fui embora. Te prometi uma coisa: Vou te esperar. E vou, mesmo. Mas não vou estar tão próxima quanto antes, entende? Preciso de espaço e você também. E ta aí: VOCÊ venceu. Pode pegar teu prêmio e levar pra casa. Só por favor, tenta cometer mais acertos do que erros? Não é só o teu coração em jogo. Nem o meu, que você, por sinal, não dá a mínima. É o coração de alguém que acredita em você. Isso é tão raro... Então dá valor. Você sabe que eu odeio indiretas, não é? Mas sei que você vai ler isso, super curiosa, tentando entender a cada vírgula se foi pra você. E foi, irmãzinha. Foi pra você. Pra vocês. Sejam felizes. Lamentavelmente, felizes.

domingo, 7 de agosto de 2011

Die with me

Extremista, intensa, louca, feliz, forçada, bipolar... Chamem como quiser, chamem como quiser. Eu me entendo como sincera. Sou justa comigo. Não me trapaceio e nem me faço sofrer. Sou uma boa pessoa comigo mesmo, porque cansei dos outros não serem comigo. É por isso que sorrio com todos os ossos do corpo quando estou feliz e choro com todo meu sangue quando estou triste. Porque não quero forçar nada. Dizem que sorrir pra quem não gosta é uma questão de ser maduro e educado. Educação tem a ver com a forma que se é educado. Minha mãe me diz, desde pequena: "Independente de como seja, termine isso feliz. Não minta. Não forja ser o que não é. Se aceite e se ame. Ninguém mais o fará por você." E se eu não estiver feliz, me desculpe, não vou falar que estou. Vou estragar o dia dos outros com meu mau humor, mas você vai saber que algo me incomoda. O que eu mais odeio é isso. Gente que é quase lá. Não sei. Talvez. Sei lá. Não me vem com essas meia-verdades, porque não te pedi em metades. Não gosto de quem finge estar tudo bem pra não sair da zona de conforto. Se for pra virar a vida um inferno, faça dela um inferno. Só não pinte mais essas nuvens e esse céu azul na minha cabeça pra gente não brigar. Pra gente não perder a coisa legal que a gente tem. Se você finge, nós nunca a tivemos. Nós fingimos estar bem e isso me rasga a alma. Vivo infernos todos os dias com milhares de pessoas. Porque é a única coisa legal que a gente tem. E a gente se curte ardendo nesse inferno. Curando feridas, abrindo outras. Mas sabe que eu sou o diabo. Sabe que eu apronto e sei que você também me corta. Mas eu sei quem, eu sei como, e sei porque. E no fim das contas, quando tudo doer, ninguém vai mentir pra justificar. Só não me deixe aguardando o momento mais propício pra que eu faça tudo dar errado. Quero brigar aqui, agora. Quero pintar teu mundo de vermelho e te arrancar sangue. Mas para de forjar que tudo esta bem. Você sabe que não está.

sábado, 6 de agosto de 2011

The bitch is back

Método antigo. Estaca zero. É assim. Pra cada sonho destruído, cada lágrima que caiu, a gente se recusa a ir pra frente. Recua. Volta. Reparei que ser quem sou e fazer o que faço não me trouxe as vantagens que acreditava. Lembrei que tudo funcionava melhor, mais fácil e mais rápido no meu punho firme, meus olhos duros, minha atitude de sempre muito rígida e muito inflexível. Quem sabe seja assim mesmo, auto-sustentável. Independente. Fria. Cauculista. Quem sabe seja assim.

Primeiro amor

Mas é o que eu digo: a gente só ama o nosso primeiro amor. Estou falando de amor. Não suas crenças adolescentes. Paixões. Beijos. É amor. É difícil encontrar um primeiro amor que se tornou único amor. É difícil encontrar um amor que não acabou. Felizes os que se mantém. Pois são os únicos que possuem e entendem o real valor do amor, puro e genuíno. Porque amor, querendo ou não, acaba. E toda vez que se quebra, machuca. Por mais que ambas as partes se entendam e concordem, sofre. Dói. E é coisa do nosso corpo, procurar toda e qualquer forma de proteção. Criamos barreiras e escudos. E aí já era. Nunca mais você consegue confiar e ver as coisas da mesma forma. Você tem um pé atrás, independente da circunstância. E guarda. Guarda teu primeiro amor.
O tempo sufoca, amigo. Não é só o tempo, não. É tempo, distância, saudade. Mas tudo tem os dois lados da moeda.Tempo é traiçoeiro. Passa depressa, corre. Mas te deixa sofrer na mesma intensidade, todos os dias. Pequenas doses de desconforto emocional e insegurança. Distância te deixa distante do referencial. E quase sempre ajuda. Porque, o que os olhos não veem, o coração não sente. Se você não vê, você não sofre. O problema é que quando você continua sofrendo, é sinal de que é tão forte, ou que você é tão fraca, que toda, toda essa dor sobreviveu aos quilômetros de distância. A saudade é indiferente. Independente da distância, tempo, circunstância, você pode sentir saudade. Se sentar ao lado, sentir o cheiro. E sentir saudade. Abraçar e dar as mãos. E sentir falta. Então, a frase clichê "Vai passar" não é tão verídica, assim. Ou talvez você não funcione pra esse mundo. Talvez você não seja como todo mundo é. Talvez ser feliz não é pra você. Ai você escreve um texto pra mostrar que é independente, linda e isso não te afetou, mas, querida... Se você escreveu, se você gastou teu tempo... E o pior, se o texto ficou bom, é porque você se importa. Quando é pessoal as palavras se tornam mais fortes e concretas. São textos lindos, porque são reais. E aí, ele não falou nada? Ele não leu? Não se importou? Leu. E não, não se importou. Então, por favor, escuta uma coisa: Sofre mesmo. Pode chorar. Se quiser acreditar que não vai passar, acredite. Não vai passar, então. Vai ser ele, até o final. Mas ao invés de apostar em tempo, distância, saudade, macumba, yoga, academia, terapia... Aposta no orgulho. É orgulho que fecha, que protege, que guarda o finalzinho da dignidade que tem em você. Nem que seja pra ele achar que você continua saindo, dando e sorrindo. Nem que seja pra massagear seu ego. Nem que seja pra nada nessa vida, tente. 

Quase

Entre isso de sair com você ou simplesmente te ignorar e ficar em casa; eu resolvia te ligar e dormir ao telefone te escutando. Entre te defender ou ficar calada, eu te consolava. Foi por sempre não estar nem cá nem lá que você percebeu que eu estava na sua, mas estava sempre na minha. E foi por isso que você se foi. De morno, de mais ou menos... De meio-termo, já bastava você.
Outro dia desses - nostálgico, como sempre - eu resolvi dormir bem. Depois de chorar por toda noite, resolvi cessar todas as lágrimas e dormir. Confortável e quente. Tampei os objetos que a noite me assustam na minha criativa imaginação, coloquei meu gorro e me enterrei em dois cobertores de lã, bem pesados. Quando já estava lá embaixo, bem quentinha, começei a fazer uma lista mental, de todos os sonhos perdidos, dos desejos esquecidos. Comecei a me questionar, de onde eu os havia esquecido, e de como eu precisava voltar a vida. Decidi então, que faria o universo conspirar a meu favor. Decidi que as coisas iriam dar certo pra mim. Me questionei de quantas coisas podemos desistir quando um simples coisa acontece. Você desiste de ser, de estar, desiste de vestir ou sair pra tal lugar. Não to falando de grandes sonhos, não. Só desejos diários. Chocolate a tarde que você desiste de comer. Festa que você não quis ir. No começo isso parece pequeno. Mas depois de tanto se negar, você começa a se questionar, do porque não fez. Quantas coisas nos separam de nossos reais desejos, de nossos sonhos? Então, me mantive quentinha ali, pensando. E em primeiro, primeiro de todos os ítens da lista: Não desistir. Sorrir. Ser feliz. É a primeira meta. Sem pressa, sem dor. Mas irrecusavelmente irrecusável. Não precisa ser agora, não. Mas precisa ser cumprida. Porque pra todo começo é preciso de um pouco de motivação. E eu preciso demais levantar pra realizar o resto. A lista é grande, mas eu tenho tempo. E sorte.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Destino

Nada é por acaso. Escutei essa frase a uns dias. E aprendi isso, depois de muita reflexão. Não estou falando das coisas que aconteceram, não. Das coisas que acontecem e que vão acontecer. Não se questione mais do porque de certas coisas. Todas elas se explicam no final. Mínimas, insignificantes; no fim se ajusta. Não se questione mais do porque certas coisas apesar de terem sido encerradas, continuam ao seu redor. Destino não está somente no que você tem participação na sua vida. As vezes certas coisas não vão embora porque era pra você enquanto presentes; tem coisas que a gente só conclui na ausência, na distância. Tente se lembrar de tudo que passou; existem pessoas que te ensinaram muito mais quando foram embora do que enquanto estavam ao seu lado. As vezes quando você esta quase esquecendo, acontece um simples fato que te faz voltar a tudo novamente. Nem sempre é porque essa pessoa não pode ir embora. As vezes é porque você só vai aprender certos conceitos com essa dinâmica, de ir e vir. Isso é destino. Uma rede de coincidências, indiretas, detalhes. Coisas pequenas, "acasos". Destino é o conjunto do seu passado, presente e futuro se juntando, pra dar sentido, explicação pra tudo. Nada é acaso. Nada é coisa pequena e boba. Uma hora se explica. Tudo isso.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Falling down

Eu não tenho uma solução. Me desculpa, mas eu não tenho. Não tenho uma resposta ou um sorriso como se tudo fosse ficar bem, porque não vai. Alguma coisa de errado esta acontecendo com você, e eu tenho rezado com todo meu coração que não seja o que eu estou pensando, que não seja ele de volta. E dessa vez você não vai contar, porque você viu o que aconteceu a alguns anos atras? São coisas que não se aguenta, não se suporta. Eu vou supondo e te vendo chorar, sofrer. Eu não sei como te ajudar porque isso, pela primeira vez, não tem a ver comigo. Eu não sei quais são as ações, como posso prever a reação? Eu não posso. Daqueles meus mil conselhos e fórmulas mágicas só me restou aquele olhar pra você. Não sei o que dizer, ou o que fazer. Eu só posso te escutar e me calar. Porque eu estou mais perdida que você, mais distante do que qualquer um. Eu não tenho um pingo de bom-senso pra te dar um conselho, ou pra te apoiar. Não tenho um pingo de felicidade pra ser positiva. Nós estamos caindo agora. Você sabe, não é? Não da pra reverter ou levantar. Mas não pule agora. Não se vá. Caia e se machuque, mas não nos largue antes da hora. Essa queda foi feita pra ser aguentada por quatro pessoas. Sem você não dá. Não dá.

domingo, 19 de junho de 2011

Sou, sou assim mesmo. Vivo pra estourar a cabeça dos outros com minhas verdades completas e meus espinhos. Machuco todo mundo, mas deixo que todam possam ver quem eu sou. Nojenta, feia, chego a ser suja por dentro; mas todo mundo sabe. É importante que você saiba que eu costumo machucar os outros, mas não porque quero. É meu natural falar as verdades que descem secas guela abaixo. E não que eu tenha poder sobre você, ou sobre sua vida, não. Mas eu tenho poder sobre mim. Eu sei das coisas que sou capaz de fazer pra te defender; e por mais que você não entenda agora, uma hora vai fazer sentido. Eu posso te ajudar agora, e estendi minha mão por várias vezes. Mas você tem ignorado qualquer tipo de ajuda porque você esta viciado numa droga que acredita te fazer bem. Não se pode ajudar uma pessoa que não quer ajuda. Então vou te deixar cair e vou limpar os machucados. Vou te deixar aprender, porque uma cicatriz é mais forte do que qualquer conselho que eu possa te dar. E com o gosto amargo de insuportável que tenho, vou te falar " Eu te avisei ".

terça-feira, 14 de junho de 2011

Perdão.


É isso que acontece, quando te deixo ver meu verdadeiro eu. Me dispo de todas as máscaras e você entende que eu não sou nada mais do que uma pessoa meio estranha, meio deslocada; mas boa. Eu desejo o bem, eu quero o bem. Eu tenho sorrir, eu tento ajudar. Ajudar todo mundo. E aí que chegamos ao ponto em que te decepciono. Você quis tanto saber como eu realmente era e eu deixei você ver. Você quis provar pra todo mundo que eu não era aquilo, cheio de espinhos, e mostrou. E aí eu te arranhei. Te mostrei como eu posso ser mais profunda, ainda. Quando pude, não te escolhi. Desculpa. Me perdoa por isso. Sei que isso de pedir desculpas é coisa sua, porque não sinto remorso, e tudo mais. Você sabe que eu me sinto culpada agora, não sabe? Pois é. Perdão essas mentiras, essas atitudes. Desculpa se magoei, e desculpa, se você acha isso tudo muito desnecessário e bobo. É importante pra mim falar tudo isso. Falar, não. Fui incapaz de falar olhando nos teus olhos. Desculpa se escrever isso, for bobo. É importante pra mim. Eu sinto culpa, me sinto envergonhada. Me perdoa também, se eu sumir por um tempo; preciso disso, agora. Hoje, todas as vezes que você suspeitou que eu chorava, era verdade. A desculpa de sentir sono não é eficaz, mas você é muito inocente pra perceber. Quando menos reparava, meus olhos falavam por mim. Gritavam, por mim. Me desculpa, de novo e mais uma vez.  

domingo, 12 de junho de 2011

- Porque; quando você chaga num lugar assim, é quase... quase, nada. É impossível não agradecer a Deus pelas maravilhas feitas. É impossível não gastar dez minutos do dia só pra rezar baixinho, falando 'Puta merda, Deus... Muito, muito obrigada'. 
- Eu já tenho feito isso. A muito tempo, tenho feito isso. Cheguei aqui a muito, e nunca mais quis sair. Não tenho saudade alguma... Só agradeço por estar aqui. 
Fechamos os olhos e sorrimos, provavelmente agradecendo, mais uma vez. 

terça-feira, 7 de junho de 2011

Foi crescer.

Assim que ela me viu, largou as malas e veio ao meu encontro. Me abraçou como se fosse a alguns anos atras, em que ela estava realmente disposta a ter minha companhia. Ela era naquele momento a amiga que eu conhecia. Assim que olhou nos meus olhos, respirei fundo e engoli o choro. Precisava da minha fala inteira, sem oscilações ou soluços.
- Antes que você suba nesse ônibus, eu preciso falar um milhão de coisas pra você. Eu sabia que você não ia ter tempo de escutar, mas ó, eu escrevi. Olha que irônico, eu escrevi. Lê, mas só quando você estiver longe daqui. Longe o bastante pra não poder desistir de ter ido.
- Desculpa não ter vindo mais cedo... Seja o que for, eu posso ficar e cuidar de você. Você sabe, não é?
- Não... Não pode, não. Eu testei. Por todos esses últimos meses eu precisei de alguém pra cuidar da falta que você fez. Você não cuidou. Você nem viu a ferida. Ninguém viu, ninguém curou. Mas não faz mal, não. Meu corpo tratou de fazer a casquinha... Casquinha que você não vai arrancar, não. Mas lê. Vai me fazer um bem saber que pela última vez você vai escutar meus problemas. E responde, se puder. Não com conselhos e ajuda. Mas pra falar da tua vida, ta?
Ela chorou, chorou, chorou. Me abraçou e cogitou mil vezes ficar. Mas eu a coloquei naquele ônibus, fiz com que ela sentasse na cadeira e arrumei suas malas acima de sua cabeça. E lhe beijei o olho esquerdo. Só pra ela entender que eu não a odiava. Na verdade, eu a amava tanto que quis que ela fosse. E ela foi. Teimosa do jeito que era, abriu a carta assim que desci, mas ela não parou, não. Não voltou, nem nunca respondeu. Não sei porque, mas ela nunca mandou carta. Foto. Recado. Telegrama. Nem cartão-postal. Já sabia. Tinha acabado muito antes daquela despedida. A rodoviária foi um capítulo não-escrito. Uma coisa que não aconteceu.


"Acabei de fechar o celular. Estava fora de área. Já faz cinco dias que ele esta assim. Você esta fugindo de mim? Claro que não. Minha melhor amiga não precisa disso. Qualquer problema, ela falaria comigo. Todos as noites vou escovar os dentes, me encaro no espelho e recito essas palavras pra mim mesma. No outro dia você atendeu, e eu fiquei tão feliz. Contei das minhas férias, e do quanto teria sido melhor com você por perto. Fiz coisas meio loucas naquele mar. Me apaixonei por redes na varanda, quero comprar uma pra nossa casa. Lembra que prometemos que iríamos morar juntas? Então, eu posso ter uma rede? Se for problema, eu desisto. Mas quero morar com você, ainda. Depois de quase duas horas no telefone, eu precisava dormir, e dormi como um anjo. Sabia que tudo estava bem, e que no outro dia mataríamos aula pra comprar chocolate. Mas você nem olhou direito pra mim. Sorriu forçado no começo da aula, e bem no final você encostou no meu ombro e falou que seria bom se comprássemos chocolate um dia desses. Que eu só precisava esperar sua vida acalmar, porque estava tudo uma loucura. Aí eu reparei que eu já não fazia parte da sua vida. Da sua loucura. Você nem me contou que sua vida estava assim. Você nem desabafou, nem pediu conselhos. Se for os estudos, me chama; eu posso te ajudar. Mas você não quis contar do que se tratava. Porque eu não estava mais nesses planos. Acho que esse é o problema das amigas de infância. Elas seguem toda uma vida na mesma ingenuidade, acreditando nas mesmas coisas. Eu acreditava em você, sabe? Você me prometeu várias coisinhas quando tínhamos 12 anos, e eu levei a serio. Eu cumpri todas as minhas promessas, também. Mas eu não contava com não contar com você. Não contava com uma mudança de planos. Não contava com a sua mudança. Achei que estaríamos ali, pra sempre, como as melhores amigas que poderíamos ser. Mas não foi assim, não. Te perdi num canto que não consigo buscar. Aí eu parei de correr atras. Eu sei o quanto você se irrita com pessoas insistentes. E mantive a fé que você voltaria. Depois de uns dias você me liga, falando que vai morar longe. Que vai embora. E pior, que vai embora porque quer. Porque decidiu crescer. Custava crescer, comigo? Falou que vai embora em alguns dias. Que vai dizer adeus. Que não vai mais me ver todos os dias, que não vai ter abraço, não vai ter riso. Eu não me importava com essa distância, não. Coisas verdadeiras se mantêm, sabe? Mas eu já sabia que não era real. Nosso único laço era que dividíamos do mesmo espaço geográfico. Eu ainda podia te forçar a me ver todos os dias. Mas e agora, como vai ser? Não vai ser. Aí você marcou de me ver na rodoviária as três. Seu ônibus sai as seis, e nós podíamos ficar todo esse tempo comendo chocolate. Tenho a impressão que você vai se atrasar e vai chegar aqui, um pouco antes do ônibus sair. Mas eu comprei chocolate. Esta junto da carta. Come sozinha, se lambuza. Vou comprar uma barra pra mim aqui, também. Mas era só isso, meu bem. Só queria te mostrar de como eu vi tudo isso, e como doeu. Mas olha, você falou que vai embora pra crescer. Quero que você cresca, viu? Cresça muito, e que se torne uma pessoa incrível. Mas olha, quando puder, sem compromisso, sem pressa, vem me ver crescer, também? Quando você já for bem crescida, volta pra me ver? Só pra comer chocolate. Vai com Deus, boa viagem. Te guardo sempre aqui, meu bem. E te amo, viu? Sem tamanhos, sem limites. "

sábado, 4 de junho de 2011

Não passa

Fica aqui dentro, firme. Forte, não, porque é um pequeno e fino fio, quase nada. Não dá nem pra ver. Mas da pra sentir. Se move, faz barulho, marca presença. O descobri agora a pouco, quando perguntava 'quem?' ironicamente, quando falavam do seu nome. Quando gritava pro mundo minha eterna felicidade por não ter você. Quando passei a beijar outras bocas e reparar que realmente, beijo encaixa. Quando começei a ignorar tudo e olhar pros lados. Enquanto você ficava na minha frente. Focava naqueles papeis por cima da mesa, nas lágrimas da amiga, nas reclamações da mamãe. Eu só não olhava pra você. Não diretamente. Mas no meio dos meus papeis tinha sua última carta. Nas lágrimas da minha amiga continham toda a minha dor. Nas palavras da minha mãe ela dizia tudo que eu queria falar pra você. Até reparar que quanto mais eu ignorava, mas eu voltava. Ser humano é assim. Quando você diz que não gostem que te cutuquem, é quando vão pressionar o dedo contra sua pele contínuas vezes. Quando você diz que não vai procurar e vai esquecer que você procura cada passo, cada rastro. Sua vó já dizia, quem procura, acha. E quando você acha, você chora. E fiquei assim, entre a cruz e a espada. Se te ignorava, você voltava automaticamente. Se te encarava, entrava em depressão. Se não ocupo meus pensamentos com coisas que indiretamente me levam a você, penso em você, diretamente. É quando a gente deita a cabeça no travesseiro e se cala. Nem precisa chorar, não. É uma dor pequena demais pra chorar. Mas é insistente. Você começa a pensar, pensar, pensar e conclui, todas as noites uma nova causa, um novo porque e um novo 'se'. Todo mundo diz que você não valia a pena, não vale e não valerá. Nem pago pra ver. Mas é bom pensar. As vezes dói mais e eu faço a única coisa que ainda resta: rezar. Peço a Deus baixinho, pra não assustar - "Leve ele daqui, leva? Tira ele do meu coração?" - Peço pra ele um pouquinho de justiça e que se pelo menos ele não te arranque daqui, me leve um pouquinho pra ai, também. Não quero um novo amor, uma nova companhia. Não quero essas babações de fim de tarde, filme, chocolate quente. Não é revolta, não. Eu tenho certeza que vou amar outra pessoa na vida. Claro que vou. Mas é que eu gosto do que eu me lembro, da pessoa que você foi. Gosto do nosso amor, que nunca morreu. Essa dor é só minha, e não quero dividí-la, diminuí-la ou aumentá-la, de forma alguma. Você nunca entenderia, então eu guardo ela aqui, comigo. E por mais que eu ande radiante por aí e já nem fale mais seu nome, por mais que eu dançe e sorria muito por todos esses corredores; Calada e pensativa eu sou as rachaduras do espelho, que por mais que tenha se reconstruído, é possível ver as malditas, malditas rachaduras. É você quem movimenta isso aqui, senhor. Quando você quiser mudar sua imagem, venha e mude. Só não me forçe a voltar a de antes, isso eu não consigo mais. As rachaduras são as lembranças, você sabe bem quando as fez. Como na frase lida: Vou amar o amor da minha vida pra sempre. Mas foda-se esse amor. Te amo, mas não te preciso. Não te quero e não lamento por não te ter. Hoje vivo até bem, e quem diria; sem você. 

sábado, 28 de maio de 2011

Descobri. Era exatamente esse o nosso problema. Minha eterna precaução. Era medo de ser sua, estar na sua. Medo de ficar perto demais ou beijar com muito amor. Medo de falar 'eu te amo' e medo de me perder, como pessoa, pra você. Medo de me tornar com você, uma só pessoa, e quando você fosse embora, ser somente uma metade. Medo de ir, de me entregar. De fechar os olhos e pular nessa de cabeça. Criei raízes nesse chão, e não consigo ir muito além da minha esquina. Fico rondando minhas próprias ruas, porque conheço cada canto, não existem armadilhas. As suas, quem sabe? Mas foi isso. Meu medo de me entregar foi quem fez tudo dar errado. Mas foi o que me salvou. No fim das contas, você não foi realmente embora? Imagina se eu tivesse escolhido você ao invés de mim? Seria impossível viver. Mas hoje, hoje eu posso ver o bem que eu fiz a mim. É como dizem ' não faz pra magoar, mas como magoa.' 

quinta-feira, 26 de maio de 2011





Você sempre duvida de mim. Zomba de quando eu pareço frágil ou lerda. Talvez você não tenha visto, mas eu erro. Se me cortar, eu sangro. Não é sempre que vou estar forte, aqui, entende? Vou ter minhas fraquezas, e nem sempre vou ter a resposta na ponta da língua. Nem sempre meus pés vão estar prontos pra correr. Nem sempre eu sei o que fazer. Eu tenho tido sorte, porque todas as decisões precipitadas que tomei até agora me levaram a coisas maravilhosas. Mas isso não quer dizer que eu seja sempre certa, perfeita. Eu não sou uma super-heroína, e não tenho vocação. As vezes, quando eu encosto no teu ombro e simplesmente fico ali, é porque eu to precisando sentir teu cheiro e esquecer que tenho problemas. É porque eu cansei de salvar a vida dos outros, e pela primeira vez, quero me salvar. Me salvar de mim mesma, e da minha abstinência. É porque eu preciso de um consolo. As vezes, quando eu simplesmente não entendo suas piadas, não é sarcasmo, não. Eu sou frágil e inocente, como qualquer outra seria. Eu tento parecer esperta, inteligente, prática. Mas nem sempre é assim. De vez em quando eu caio, de vez em quando eu sou humana. Pensa nisso, e para de cobrar. Para de pedir forças que eu não tenho. Forças que eu não tenho obrigação de ter. 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Try.



É tudo ciclo, sabe. Tenta ignorar certas coisas, fingir que não viu e ouviu outras. Restrinja seu travesseiro pra suportar esse peso. Não desista só porque as coisas não tem dado certo agora. É um efeito dominó. Só precisa de um empurrão pra milhares de desgraças passem a acontecer consecutivamente. Mas só fica bem quem respira fundo e engole. Quem seca as lágrimas e acima de tudo, não desiste. Estou fazendo um pedido pra mim mesma, agora: Não desista. Isso é sobre você com você, então por favor. Não se levante, não volte, não deixe de tentar por outros. Faz isso por você agora. Tem um gosto muito mais doce quando é pro teu ego, pro teu orgulho. Te prometo.

domingo, 15 de maio de 2011

Quer saber? eu te amo mesmo. Infelizemente, eu achei que você já tinha ido embora. Mas não. Você não foi, você não vai e você nunca irá. Nós somos pra sempre, aqui dentro. Vou gostar de você pro resto da minha vida, eu acho. Mas fodas. Fodas você e esse amor. O ruim mesmo é esse amor não sair, nem em lágrimas mais. Antes ele podia escorrer pelo meu rosto e eu me sentia feliz por saber que você não havia me destruído. Eu tinha sentimentos e chorava, eu sentia, magoava. Mas hoje... nada. Nem amor, felicidade, nem ódio se quer. Eu aniquilei, não consigo sentir nada. É muito triste saber que você conseguiu me destruir, assim. Mas aconteceu. Acontece.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Preciso demais gritar isso pro mundo. Tem sido tão confuso estar tão perto e não entender o que se passa, realmente. Segurar teu cheiro aqui tão perto, suportar teus olhares, e não poder me aproximar. Não poder te ter da forma que eu quero. Mas eu preciso gritar isso. Agora que tenho certeza o que eu realmente sinto e de quem realmente somos, eu quero falar pra todo mundo que eu amo você. Ainda não sei de que lugar você participa; me acostumei a te ter no passado. Mas não é assim que te quero, meu bem. Eu te amei de mais e não esqueci. Achei que havia superado, passado, esquecido, enterrado. Mas sabe de uma coisa? Eu sempre te amei e provavelmente sempre vou amar. Mas vou deixar isso quietinho, só pra mim. Não quer dizer que eu não queira te falar isso no ouvido, sussurrando, enrolados no cobertor. Não quer dizer que eu não queira viver tudo isso com você. Mas ainda não é a hora de voltar. Te espero, calma e tranquila. O que é realmente nosso nunca se vai. 

terça-feira, 10 de maio de 2011



Faz tanto tempo que não escrevo pra ti... Mas você sabe que tu  foi a pessoa pra quem eu mais escrevi. Eu precisava reviver você de novo. Antes eu escrevia muito mais, porque era totalmente um mistério. Eu nunca soube o quão forte nossa amizade era e nem ao quanto ela poderia suportar. Nunca soube direito como agir e quem era na verdade, você. E quem era eu? Bom, hoje tu sabe mais do que ninguém. Mas forçamos a barra, estendemos as coisas até o limite, e adivinha; nossa amizade suportou. Suportou a muita coisa e continua suportando. Te vejo como uma irmã, uma coisa essencial. Mas muito antes de irmã, você é um pedaçinho do sol. Da luz. Da esperança e das coisas boas. Você é o amuleto da sorte e o diário. O carinho e o colo. O lenço e o sorriso. Essas coisas que não se pode guardar sabe? Que não consegue se dar nome? É o que tu significa. Quando digo que você é ridiculamente perfeita não é pelo mal, não. Ridículo no sentido de fora do comum, diferente, estranho. A tua perfeição é assim. Totalmente diferente das coisas perfeitas; mas ainda assim, tu é perfeita pra mim. Todas as vezes que encosto a cabeça no travesseiro, ela fica leve. Porque você me ausenta as dores, as culpas. O seu perdão me redime cada vez mais, me fazendo dormir como um bebê. É por ti que peço todos os dias quando rezo. É você que eu peço a Deus pra cuidar. Pra ser feliz. E peço graça, pra fazer as coisas certas, também. Tu sabe do meu dom pra fazer coisas erradas e pra fazer drama. E ele concedeu um desejo meu; Que alguém pudesse te fazer sorrir. Que você pudesse ser feliz. E acima de qualquer ciúmes, de intriguinhas e das vezes que me irrito com você, tu sabe que eu estou feliz por você, não sabe? Que torço por ti a cada segundo e que faço das tuas alegrias, as minhas alegrias. Precisava de mais escrever isso, porque como sempre digo; nós escrevemos pra não dizer. Quem dirá falar tudo isso olhando pros teus olhos? Então leia tudo isso e leva pra você, por onde quer que tu vá. E tenha a certeza de que apesar de qualquer circunstância, eu vou te amar pra sempre. 

quarta-feira, 13 de abril de 2011

 O celular vem. Da aquele barulho no computador. Da a interferência. Continua o barulho. Aguça o meu pensamento. Me faz supor. E não era nada. Tinha tudo pra ser, mas não foi. Não era nada.  

Pesadelo

Eu queria que alguém descobrisse meu segredo. Que alguém soubesse que eu inventei tudo isso. Que eu quis chamar atenção. Que eu só queria fazer uma novela mexicana. Mas não. A novela mexicana era real. Aconteceu mesmo. 

sábado, 2 de abril de 2011

Isso de falar que estar sozinha está começando a soar que tenho pernas. É tão normal. É tão meu. Porque comentar de algo que sempre se teve, que sempre esteve tão presente? É tão normal estar sozinha. Quem sabe seja culpa das minhas pernas tão normais? Ela tem me levado a caminhos desconhecidos, isolados. Tenho procurado estar sozinha. 

quarta-feira, 30 de março de 2011

Eu prometo, que quando me der vontade de chorar, eu vou chorar. Mas só quando for uma vontade insustentável, quando me corroer. Tirando isso, eu vou seguir forjando como sempre foi. Com toda a felicidade que digo ter. 

sexta-feira, 18 de março de 2011

Dizem que uma mentira dita muitas vezes se torna uma verdade. Então aí vai: Não gosto de você, não gosto de você, não gosto de você, não gosto de você. Pronto. Eu não gosto de você. 

domingo, 13 de março de 2011

Para mim.

Queria muito escrever pra você. Acho que você foi a única pessoa importante da minha vida pra qual eu nunca escrevi. Sei lá porque. Eu vivo dizendo que te amo mas nem pra fazer um texto pra você, eu faço. Então, está aqui. Você sabe que em meus textos eu faço das pessoas, perfeitas. Eu não digo um só defeito. E como eu te conheço bem e sei que você não consegue encontrar qualidades em você, eu vou qualificá-la hoje. Primeiramente, preciso dizer que você não esta sempre errada, como você acha. Você é diferente. Você odeia quando a história se repete e é por isso que você vive em novelas mexicanas. Toda vez que você deveria fazer ou falar algo que qualquer ser humano falaria ou faria, você muda. Você xinga, você destrói a pessoa. Porque você é naturalmente malvada. (Desculpa ter falado isso, eu sei que não era pra colocar defeitos, mas ser má é uma qualidade sua, só sua.) Quando você quer ser diferente você é cruel. Você machuca o outro. E sabe porque ? Você é um ser humano carente, perdido, machucado. E você sabe fazer uma coisa: Machucar os outros. Porque já te magoaram, já doeu ai dentro. Pra que não se repita, você magoa o outro primeiro. Porque quando a corda arrebenta, não pode bater em você. Foi mais ou menos aí que seu lema virou: Amor próprio. E você resolveu só se amar. Mas aí, eu preciso te falar uma coisa. Eu tenho te observado, e essa barreira de gelo que você colocou já foi embora a tempos, minha querida. É claro que você ainda é naturalmente malvada, fria, que você se ama em primeiro lugar. Mas você não é só isso. No seu segundo, teceiro, quarto (...) vigésimo lugar, tem vindo seus amigos, sua família, e você não tem demonstrado ser fria. Já viu como você tem defendido seus amigos, abraçado sua família e segurado as lágrimas de todo mundo? Você devia dar mais valor pra isso, porque você tem sido uma pessoa muito boa e generosa, só não vê isso. Você só consegue ver quando você magoa os outros. Mas você já fez muita gente sorrir, preciso confessar. E você é humana. Eu sei que você duvida disso pelo menos umas duas vezes por dia, mas você é humana. Se te cortarem, você sangra. Se a música for triste, você chora. Se o amigo te ama, você ri. Se o perfume dele te agrada, você o ama. Se a decepção foi grande, dói. Então para com essas besteiras de fingir que é uma garota sozinha, que não tem ninguém por você. Para de falar que ninguém te merece. Para de fingir que tem um escudo na sua frente. Tem tantos amigos que limpariam suas lágrimas se você não decidisse chorar somente pro seu travesseiro, somente pra você. Ninguém é pago pra estar do seu lado, mas mesmo assim eles estão. Ninguém se sente obrigado de ter sua companhia, mas mesmo assim eles se alegram quando você chega. Então, por favor... Faça jus a este amor próprio, Vanessa. Você pode ser incrível, se permitir. Se puder esquecer só um pouco dos seus erros e lembrar de quantos abraços você deu, de quantas coisas você segurou pelos outros, de quantas vezes você se preocupou, você chorou, de quantas vezes você deu conselhos e de quantas vezes você foi tão incrível quanto essas pessoas pra quem você escreve. E por fim, eu te amo. Jura? Juro. E eu to sabendo de tudo que doi ai dentro. Força pra você, meu bem. Mas só uma coisa: você não precisa de força. Nem de nada. Se você soubesse o tamanho dessa dor que você sente, você iria rir. Deixa o tempo agir pra você ver... Tem tantos planos incríveis no futuro, você não faz idéia. Mas deixa, deixa estar. Deixa no presente. O tempo vai curar. 

quarta-feira, 9 de março de 2011

Adivinha. Estou cansada. Cansada de novo de estar sozinha, de estar acompanhada pelos mesmos amigos, cansada das mesmas crises, mesmos erros. Hora de recomeçar, novamente. E agora passado, fica. Fica aí atrás. Eu não quero mais você. 

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A l o n e



Eu queria que aqui fora fosse tão frio quanto tem sido aqui dentro. Queria que fosse tão pequeno quanto meu coração. Ficar no meu cantinho, enrolada nos meus cobertores, escutando minhas músicas, vendo meus filmes e deixando as lágrimas rolarem. Aquela mesma sensação de estar só, sabe? E a coisa que eu mais quero é ficar sozinha pra não me sentir tão sozinha. Pra não me sentir tão abandonada.Tão sem ninguém. Só queria um pouco mais de frio, músicas, cobertor e lágrimas. Pra pensar, pra voltar, pra tentar, pra mudar. Porque não é a primeira vez que eu me sinto tão distante, tão inútil e tão carente. Abraços me encantam, sorrisos me fazem chorar. Pequenos detalhes tem me feito desabar, só porque eu não sinto que posso ser essencial pra alguém. Só porque eu não sou o mundo de ninguém. Não sou nem uma parte feliz. Eu complemento. Eu estou perto. Eu dou apoio. Eu fico de lado. Eu faço partes de metades. Eu estou quase sempre lá. E ainda assim, sozinha. Abandonada. Chorona. Carente. E sozinha, de novo.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Porque a gente se gosta...

Não é só gostar de você. É a forma de como eu gosto. Eu gosto de você como as coisas mais puras nesse mundo. Eu gosto de você como sua eterna melhor amiga. Como a irmãzinha que um dia você viu em mim. Como sua colega de classe. Eu gosto de você como sua amiga distante. Eu gosto de você com vontade, com muita mesmo. Porque eu tenho vontade de fazer mil coisas com você. Mas eu deixo tudo em segredo, nossos eternos segredos. Segredo de melhor amigo. Adoro quando passamos as noites acordados bebendo, e você se recusando a ficar bêbado. Adoro seu cheiro de homem quando você chega e o meu cheiro que você fica quando vai. Porque a gente se encosta, se toca, se descobre e não se importa. A gente se gosta da forma mais bonita que alguém pode gostar do outro. A gente deseja felicidade, mas sincero. Se nada der certo, se cuida. Mas quando eu quero que você se cuide, é pra cuidar mesmo. É pra ficar bem. É pra arranjar a garota dos sonhos. É pra ser muito feliz. Porque eu não consigo desejar o mal pro meu melhor amigo. Nem você quer meu mal. Por isso a gente se faz bem, por isso o carinho, o afeto. Porque a gente se gosta da forma mais bonita. 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Carapuça.

Então, posso falar? Não dou a mínima. To cagando pro seu drama, pras suas viadices e seus ataques. Pra sua TPM. Pros seus amores impossíveis. Que se foda você e sua grande atuação. A cortina fechou, o palco caiu. Ninguém aplaudiu. E aí, como vai ser? Você não chamou atenção, sua imagem tão idolatrada está mal. Vamos tirar a máscara? Descer daí? Limpa essa cara, toma vergonha e desce. Para de sonhar e coloca teus pés no chão. E agora sái. Sái daqui, porque ninguém mais quer ver seu show. Suma, porque foi isso que você mais quis durante toda a peça. Vá embora sem agradecer por nossos esforços, por termos segurado essas tábuas pela qual você tanto pisou, por segurar tanto essa cortina que você quis fechar. Vai, porque de ingratidão e falta de amizade eu tenho de sobra. Tem muitos outros atores por aí, usando máscaras e se escondendo em belos sorrisos. Mas você foi demitido, meu bem. Não tem mais peça nenhuma pra você. Sem testes, sem fotos, sem aplausos. Agora saia. E não volta. Por favor. E você sabe, a carapuça serve, claro que serve.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Verão, felicidade e você.

Meu bem, ta tudo bem. Eu morro de rir da sua caridade, cara. Você gosta de sentar do meu lado, pegar minha mão e falar que você ta comigo pra tudo, que apesar do fim, eu vou ficar bem. Amor, eu to bem. Eu nunca estive tão bem, quanto agora. Não sei o que foi, mas uma onda de felicidade e paz invadiu minha janela e me abraçou. Não me magoa, não me deixa nervosa, não me faz mal. Ninguém consegue atingir minha paz, minha harmonia. Você foi embora, mas amanhã você volta. Deus não te colocou na minha vida pra passar algumas semanas. Alguma coisa você tem que me ensinar. Alguma lição, algum aprendizado. Todas as pessoas que passam em nossas vidas foram feitas pra marcar. Se você ainda não marcou, você vai voltar amor. Você sempre vai voltar. E eu te espero. Qualquer dia, meu bem... E eu vou caminhando feliz, tranquila, encontrando outros dias, outros amores, curtindo esse sol na minha pele, esses óculos, esse mar. Tudo ta muito tranquilo, por aqui, tudo é felicidade amor. Então não deseja meu bem, porque se melhorar, estraga. Isso passa, também.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Deixa.

Sofreu, passou, chorou, sofreu de novo. Mas acabou. Pelo amor de Deus, acabou. Não vem com essa de que nós ainda podemos dar certo, que ainda tem sentimento em você. Cala a boca, se quiser ficar perto de mim. Se não, me faz um favor. Some. Desaparece. E não volta, por favor. Eu não suporto escutar você falar de esperança, sonhos e amor. Esse assunto me da sono e você me da preguiça. Então não vem com essa que vai dar certo. Não vai, não vai, não vai. Eu me sinto muito melhor longe de você, é como se eu pudesse flutuar agora. Eu estou leve e estou radiante. Eu não vou voltar para as sombras, pelo amor de Cristo. Me deixa ser feliz, por favor? Dizem que o princípio do amor é que você quer essa pessoa feliz, com você ou não. Você me ama? Então, eu sou muito mais feliz sem você. Posso? Grata. E esquece, meu bem... esquece.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Felicidade



Ta vendo aquela garota? Ela ta do outro lado do pátio e achou feio de mais ter que ir pro banheiro chorar. Então ela ta ali, sentada do outro lado sozinha, escutando uma música alta, bem triste, longe das amigas. Ela sabe que se abrir a boca pra falar a voz vai mudar e as lágrimas vão escorrer. Ela não quer isso. Ela é forte pra caramba pra fazer tudo isso. Ela vai ficar ali todo o recreio, e na próxima aula ela vai no banheiro, chorar. Depois vai esperar um tempo pros olhos desincharem e pra pele voltar a cor normal. Logo depois vai voltar feliz pra sala. Quando a aula acabar ela vai voltar pra casa correndo e lá ela vai sofrer mais um pouco. Ninguém escapa disso, meu caro. Todo mundo vai machucar o coração um pouco nessa vida, mudar por esses amores e sofrer. Você acha que eu não sonhei com uma casa simples, biscoitos no fim de tarde, buquê de rosas e crianças correndo atrás de mim? Claro que sim. Mas eu despedaçei esses sonhos na segunda ou terceira cicatriz do meu coração e me apaixonei por noites, baladas e bebidas. Mas olha, esta tudo bem agora. Agora. Descobri que posso sonhar sim, com casinhas, biscoitos e flores, mas não preciso realizá-los agora. Esses sonhos estão guardados aqui dentro, pra serem realizados na hora certa. Quando eu cansar. Cansar de rodar, andar, sorrir, curtir, de conhecer. Quando eu já estiver cansada de estar sozinha, de conhecer esse mundo, eu realizo tudo isso. Mas agora, tem um mundo tão grande me esperando... Não dá pra largar ele assim. Eu achei o maior desperdício quando eu não tinha mais coração e quis jogar minha vida fora. Mas é temporário. Ele ficou desativado por uns tempos, mas meu coração está aqui, pronto pra próxima. E se não estivesse machucado hoje eu não poderia falar assim, tão leve. Não vou esquecer esses amores e essas cicatrizes. Mas eu também prometo: não vou esquecer de você, coração. Vou te amar e cuidar de você com carinho e atenção. Mas agora, desculpe. Estou atrasadíssima. Esse mundo é muito grande pra perder tempo assim. Fui... Fui ser feliz. E não volto.