terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Gente pobre e pequena.

Não suporto essas coisas, essas pessoas. Essa gente baixa, que tem a cabeça pequena e quer entrar no seu mundo grande. Que tem os comentários desnecessários no fim dos momentos felizes, que não aguenta te ver sorrindo. Ela precisa causar, ela precisa tentar. Se o veneno não alcança, ela não desiste. Fica bem, e joga denovo. Não suporto esse tipo de gente. E vivo no meio delas. Sempre querem meu mau, sempre querem meu bem. Querem tudo que eu tenho de bom pra si e tudo que restar, elas torcem pra serem ruins. Vivem das minhas piores lembranças e não me deixam esquecer. São autoras dos piores comentários e medem minha felicidade. Se eu começo a rir demais, elas me limitam. São as típicas pessoas feias e sujas, que tem espelho em casa, e vêem uma princesa no reflexo. Se sentem leves, bonitas e perfeitas. Porque só gente perfeita pode criticar. Se eu insisto em dizer a verdade do que ela vê no espelho, ela fica pequena. Menor do que já é. Se encolhem, fecham a cara e voltam a ser as amigas de sempre. Fazem manha, fingem estar magoadas, até a próxima oportunidade. Esperam qualquer intervalo pra abrir a boca e falar merda. Tenho medo do que acontece quando essas pessoas ficam sozinhas. Sem ter quem criticar, como será que elas vivem? É esse pequena que eu to falando. Vivem por defeitinhos, por pedaços da alma dos outros. Não melhoram a própria vida e não vivem. Não arriscam. Não conhecem. Não se preocupam. Vivem toda uma vida fazendo as mesmas coisas e deixam de ser felizes. É uma pena que elas só descubram isso tarde demais. Quanto a mim, só me resta rir. Tem sempre alguém que sabe minha vida de cor, que sabe todos os meus defeitos e sabem aumentar a lista sempre que eu quero saber minhas qualidades. Tenho sempre alguém que vive da minha sombra e da minha vida, e sempre tenta me diminuir. Quanto mais tentam, maior e melhor eu fico. Fico mais feliz. Mais irônica. Mais sutil. Mais eu. 

sábado, 11 de dezembro de 2010

Finally

Não vai dar pra resumir esse ano. Não tem como diminuir todos os momentos, as expectativas, os sentimentos, em poucos palavras. Vai ser grande mesmo, como todos os meus textos. Mas se ler até o final, você fará parte de 1% do meu ano. Você vai conseguir sentir menos de 1% do que eu senti. E vai ser incrível. Fiz 15 anos no começo de 2010 e eu não senti magia alguma. Não me senti como uma princesa, não tive festa, não dançei valsa, e não sofri com isso. Eu me senti com 14 anos por praticamente todo ano. Não cresci, não encorpei, não amadureci. Acredito que fiz 15 anos por agora. Gastei 6 meses do meu ano namorando um idiota, que só conseguiu me fazer mal por um ano e dois meses e tive a cara de pau de falar que ele era minha vida, que era a solução dos meus problemas e era tudo que eu sempre quis. Ok, não foi cara de pau, eu realmente acreditei nisso, mas quando eu ainda era uma criança de 14 anos. Uma criança infeliz de 14 anos que acreditava já ter visto de tudo, acreditava já saber de tudo. E hoje, eu sou uma criança infeliz de 15 anos que também acha que sabe tudo. Na verdade, eu não sei de nada e não aprendi nem metade das coisas que realmente importam no mundo. Mas eu valorizo as pouquíssimas que aprendi nesse ano. Bem, uma delas é que ninguém muda a importância e o foco da sua vida. Você vive pra você e pra sua família - as únicas coisas que são fixas na sua vida, e não mudam nunca - ninguém pode ser sua felicidade, seu ar, sua vida. As pessoas complementam. Namoros e amigos são partes da sua felicidade, da sua vida, mas não são um todo, não são tudo. Depois de duas semanas solteira me sentindo leve e feliz eu entrei em depressão. Não porque eu era ridícula e não iria conseguir viver sem ele. Mas eu tenho consciência de que todo o mal que ele conseguiu fazer em mim, eu consegui fazer nele, e apesar de nunca parecer, ele sabe disso, e concorda. Por fim, eu parei de viver por três meses e fiquei em transe, pensando na minha vida e em tudo que eu fiz. Estava me curando, voltando a vida e entendendo certas coisas. Foi nesse meio tempo que eu fiz 15 anos e cresci. Absolutamente, cresci muito. Morri de saudades e sentia falta todos os dias da minha ' melhor amiga ' fura-olho. Considerava muito, amava muito, e não consegui odiar nenhum dos dois, momento algum. Graças a Deus. Pior que carregar uma história pro resto da vida, é ter um sentimento junto dessa história. Mas eu sentia falta dela, das conversas, da risada. Percebi que temos um milhão de coisas iguais, mas hoje em dia eu não tenho vontade alguma de compartilhar isso com ela. Não tenho vontade de conversar, de ver, de nada. Não faz diferença, ver, não ver, conversar, não conversar. Os dois absolutamente não conserguiram me ensinar nada, e depois da dor, eu não sentia mais nada, porque eu não amava os dois, não odiava, não tinha nojo, não tinha nada. Absolutamente, nada. Aí eu acordei pra vida e fui viver meus nove meses perdidos em futilidades dentro de um mundo muito pequeno. Passei quatro anos numa escola fechada, que toda a sua vida tinha  como júri os alunos de toda escola, que te xingavam e te rotulavam como queriam. A coordenação não te dava voz e colégio conseguiu perder uns trezentos alunos até o último ano que estudei lá. Mudei esse ano pra uma escola totalmente aberta, diferente e incomum, com curso técnico em administração, horário integral. Larguei minha mãe por todas as tardes do ano simplesmente porque eu queria um futuro melhor. Passei a pagar o dobro da mensalidade entrando num colégio de filhos de empresário, com carros importados e que moram nos melhores bairros da cidade. Obviamente, aquele não era meu mundo. Mas eu entrei assim mesmo, e não me importava. Larguei todos os meus amigos, e fui pra um lugar onde eu não conhecia ninguém. E hoje eu vejo que foi a melhor coisa do mundo. Eu vivia num mundo fechado e continuaria vivendo se não tivesse mudado. Conheci milhões de coisas diferentes, graças ao Sebrae. Guardo comigo dois melhores amigos do mundo, que me fazem sentir tão bem... Só a companhia nas aulas mudava meu humor, e isso era tudo. Convivo a alguns meses e os considero a melhor coisa que aconteceu esse ano. Dei mais valor a minha família e hoje sinto o quanto preciso deles pra viver. Por cima das brigas, das confusões e das coisas que vivemos, ela é tudo que eu tenho, e é tudo que eu preciso. Acredito em um Deus de uma forma extrema. Depois de fazer a crisma, deixei de ser a típica crise ' não acredito em Deus ' e passei a honrá-lo. Hoje eu entendo tudo aquilo que se passou na minha vida e vai passar, graças a Ele. Tenho fé e não desisto e conheço o poder que o perdão pode fazer em mim e nas pessoas a minha volta. Parei de fumar e beber logo após a minha confissão, e não me sinto mal nem arrependida. Vivo leve e feliz porque tenho alguma coisa pra confiar, amar e que me protege. E mais três coisas que o melhor ano da minha vida pode me proporcionar: a primeira, é a minha não-necessidade das pessoas. Tenho pouquíssimos amigos, deixo isso bem claro pra todos, e não sou falsa quando perguntam. Se eu acho que você é falsa comigo, você vai saber. Eu não vou te considerar amiga por consideração, nunca. Se eu não quero sua amizade, eu sumo, eu fico indiferente e não te procuro. Posso arrepender, mas se agora eu não quero, eu não quero. E se eu te respondo quando me procura, não se engane... Foi por educação. A segunda coisa, é que eu emagreci esse ano. Deixa eu contar, que nunca tive problema em ser gordinha, não dou a mínima pra isso. Mas eu precisava fazer com que os olhos da minha mãe brilhassem. Precisava abastecer o ego dela. Então, de cartela em cartela, foram quilos e quilos. Na verdade, eu emagreci uns cinco quilos, no máximo. Mas aparenta ter sido mais. Bom, deixei ela achando que foram uns oito, assim os olhos dela podiam brilhar mais. Mudei por ela. Não suporto esse tipo de atitude, de mudar por outras pessoas. Mas não era outra pessoa. Era meu começo, meio e fim. Minha vida e meu ar. Somente por ela eu faria isso. E a terceira, é o valor que hoje eu dou para os estudos. Só pra constar eu estudo de segunda a sexta por mais ou menos 8 horas por dia, com 19 matérias, e fiquei em recuperação em duas. Da pra ver que o valor que eu dei, ainda foi pouco. Mas eu valorizo muito mais cadernos e livros e principalmente, literatura. Sou apaixonada por livros, contos, histórias, frases e etc. Amo ler e obviamente, escrever. Me tornei muito mais interessada  em política, jornais, revistas e informações em gerais. Leio blogs diariamente e sempre tenho idéias de livros e filmes por eles. Então, impossível resumir. Mas você pôde entender porque foi o melhor ano da minha vida ? Eu perdi todos os meus amigos, minha amiga me traiu com meu namorado no fundo do ônibus de excursão, me senti deslocada dentro da nova escola, tomei recuperação, parei de sair pra curtir e fui obrigada a emagrecer. Então, por todas as coisas ruins que Deus pôde fazer por mim esse ano, por todas as lições aprendidas, pela fortaleza que desencadeou dentro de mim, pela força que Deus me deu pra aguentar tudo sozinha, pelos amigos perfeitos que conheci esse ano... Obrigada, 2010, você acrescentou mais que imagina, você foi mais que 12 meses... Obrigada. 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Se eu pudesse mudar algo...

E seu eu pudesse conversar comigo mesma, a alguns anos atrás, o que eu diria a mim mesma ? O que eu me aconselharia ?


'Vai doer muito mais, vai ser dez vezes pior. Você não está nem na metade da sua vida e já pode julgá-la no fim, pode falar o que são as grandes dores e decepções. Você não tem idéia das coisas que ainda vai suportar. Calada. Sozinha. Sem nenhuma lágrima. Vai estar muito mais magoada, muito mais cansada e ninguém vai se importar. Não vai ter ninguém por você, como tem agora. O tempo vai passar muito rápido nos breves momentos felizes, e demorará eternidades nos momentos ruins. Vai ter alguém que irá esfregar tudo isso na sua cara a cada segundo. A sua alma vai implorar por um fim e você vai implorar pra voltar ao seu pequeno sofrimento. Bem, até agora o destino está intervindo na sua vida, mas na sequência, tudo vai ficar nas suas mãos, no livre-arbítrio e na sua sorte. Desistir ou não, vai ser a única escolha a ser feita por você, e qualquer uma terá consequências. Então por favor, não meça o fim da sua alma, do seu orgulho e da sua dignidade. Você tem mais força que imagina, pra milhares de coisas piores. Você terá momentos incríveis depois de toda essa dor e as vezes eles não irão compensar os momentos ruins. A vida não é um jogo, em que ganhamos coisas boas na mesma intensidade que sofremos com as ruins. Só não desista agora, não dramatize exatamente agora. Você tem força pra muito mais, vontade pra muito mais. Essas lágrimas são pequenas, é somente o início, o começo dos testes. Só vence quem tem a cabeça no lugar a garra nas mãos. E por último, valorize, no seu drama atual, as pessoas que estão por você. É incrível como os amigos perfeitos e verdadeiros só aparecem enquanto você é jovem. Mais tarde, a única coisa que você terá, é você mesma e o mundo. E o mundo é cruel. Ele não se importa com nada que doa aí dentro. Nenhuma limitação, nada que possa te parar. Se você não conseguir, o mundo já desistiu de você a muito tempo. E ele só está por você, até o ponto que você pode oferecer-lhe algo. Vou ser sincera, é quase impossível as pessoas que viveram com esse mundo sem nenhum amigo. Desceu seco na garganta e várias não conseguiram. Grandes guerreiros cruzaram isso sozinho, mas com uma carga que não se compreende. Então, olhe para o seu lado, e veja as pessoas que não precisam de nenhuma oferta sua para que possam estar com você. E se exatamente agora, não tem ninguém do seu lado, pense em alguém. Ele esta pensando em você, e nas coisas que faria por sua felicidade. Cultive essas pessoas o máximo que puder. Hoje eles vivenciam as melhores risadas e festas, mas quando as coisas começarem a se destruir aí, dentro de você, somente essas pessoas poderão ser o seu equilíbrio e seu ponto de paz. E por fim, procure sempre o lado positivo das coisas. Sempre teve, sempre terá. Pensamento atrai e tem força. Quanto mais você pensa em afundar, afunda. Então esqueça as pessoas que te magoaram, você precisa estar leve nessa caminhada. Existem pessoas que te magoam sem intenção, e se arrependem. Mas outras, fazem por índole, porque querem e gostam. Porque precisam da sua infelicidade pra massagear o ego. Não deixe barato, se vingue sempre, com a melhor das vinganças, sorria. Seja feliz e demonstre o efeito das coisas que essas pessoas fizeram em sua vida, ou seja... nenhum. Ignore-os e sorria. Você vive por suas conquistas, por seus bons sentimentos. Eles vivem por suas dores, seus sentimentos ruins. E acredite. Em cada sonho, cada palavra, ou em qualquer coisa. Mas simplesmente acredite. Acredite em um Deus, em uma religião, beba menos refrigerante, imponha sua opinião, não se ache mais feia ou mais gorda, só porque te disseram isso. Mude por você, simplesmente. Você não sabe o quanto dói mudar por outras pessoas. Não corte sua franja, não mude a cor do cabelo, corra de pessoas mesquinhas e locais que essas mesmas pessoas frequentam, é quase uma lavagem cerebral permanecer no mesmo local que elas. E não se importe com absolutamente nada. Quando você morrer, não levará nada daqui a não ser sua alma. Então alimente-a e desapegue de tudo aquilo que não for te engrandecer como pessoa. Se puder fazer metade disso, eu ficaria grata.'

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

bf. not forever.







Querida J, 
você sabe que tudo aqui é muito difícil e duro, e triste, e cansativo e blá blá blá. Eu sei que você está cansada de escutar isso, porque até eu estou cansada. Mas você não vai falar. Vai simplesmente dizer que esta sempre aqui pra me apoiar, pra me escutar chorar todos os dias pelos mesmos motivos, pra viver meu luto eterno. Bom, não é nem uma coisa, nem outra. Na verdade, eu precisei sofrer tudo isso e fazer o drama que eu fiz. Não suporto a idéia de viver por metades. Sofrendo somente por uma parte do dia, por meios sofrimentos, meias pessoas. Eu sofri tudo com muita intensidade, e isso demorou um certo tempo, mas passou. Essa dor aqui, curou. Você ainda assim falou que estaria aqui, por mim. Desculpa, mas eu me sinto mais sozinha do que antes. As suas palavras confortaram por muito tempo, mas eu não sou feita somente de palavras. Falar que está comigo e que me ama, tem sido muito pouco, muito pequeno. Hoje, eu estou bem. Mas eu não preciso de você somente nos momentos ruins, pra estar comigo. Eu quero você aqui, em todos os momentos. Eu preciso de você agora, nessa fase boa, pra comemorar comigo. Eu encontrei pessoas incríveis ao longo do caminho, mas todas elas tem um problema: Não são você. Ninguém que tem suas palavras, seus conselhos e seu colo. Ninguém tem seu cheiro, seu jeito, sua voz. Eu sinto tanta falta de tudo isso... Você foi embora a um bom tempo, e eu tenho aguentado não pensar na sua ausência, mas não dá mais. Eu volto a viver em metades com você assim, tão longe. Somente algumas conversas, algumas palavras tem sido muito pouco. As pessoas que entram em seu lugar saem rapidamente. Sempre falta alguma coisa nelas, ou em mim. Nós duas éramos invencíveis, compactas, nós nos completávamos e não precisávamos de mais ninguém. Agora eu preciso, preciso de um milhão de coisas que nunca se assemelham a você. Eu simplesmente tento te substituir todos os dias, com um milhão de coisas, e não consigo. Porque infelizmente, você é única no mundo, e eu não vou encontrar mais ninguém como você. 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

só um pouco mais de calma, um pouco mais de alma.

Eu só estou um pouco cansada. Um pouco cansada de tudo. Um pouco farta, e um pouco ofegante. Eu tenho corrido a um bom tempo dessas coisas negativas que me cercam. Mas só agora que eu parei, consegui reparar que estava correndo o tempo todo em círculos. Estou cansada de mudar todos os dias, e ao encostar a cabeça no travesseiro me sentir igual. Eu só estou um pouco exausta, chateada. É só que eu queria um tempinho, pro mundo parar. Parar pra mim, pra mim dormir. Dormir, descansar. E acordar, sem ter perdido tempo. Porque eu gastei muito tempo da minha vida procurando a felicidade. Eu só não sabia que a felicidade que encontra a gente, nós não temos que procurá-la. Eu só queria sumir e fechar os olhos, poder chorar vendo o céu, sem ninguém questionar, sem ninguém pra me olhar. Eu só queria descansar um pouco de tudo. Porque tudo me faz mal. Absolutamente tudo que anda comigo, que vive nos meus pensamentos e na minha memória me faz mal. Tudo que eu amo e que me ama me fere, me sufoca e me faz chorar. Tudo aquilo que se relaciona a mim machuca, e eu não tenho vontade de mudar. Não acredito nas novidades e nas coisas que podem vir. Porque eu simplesmente não espero nada do futuro. Eu ainda preciso de um tempo do presente. 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Miss you, my angel G.

Isso é besteira. Essas amizades que fazem parte do sempre, são inúteis. Eu realmente to preocupada com o agora. E eu tenho você. Eu sempre tive você, olhando por mim. Mas é cruel a forma que você se foi. Isso de despedidas, de saudade, de sentimento. Eu já te disse, que odeio sentir. Porque eu sou intensa, sou efusiva. Quando é pra sentir, eu sinto mesmo. E eu sinto saudade do seu sorriso, do seu olhar me acompanhando. Da forma que nossas mãos se tocavam. As coisas do seu lado eram sempre tão perfeitas. Eu perdia as noites falando de bobagens, ou simplesmente não falava nada. E no outro dia, me sentia nova, como se tivesse tirado um grande peso das minhas costas. Eu me sinto leve com você, anjo. Aquela sensação, de que você me levava pra tocar as estrelas e mostrar que o mundo era imensamente maior que meus problemas. Do seu lado eu era mais feliz e mais humana, e tudo caminhava bem. Nós não precisávamos de mais ninguém no mundo, e nosso sentimento curava a dor dos outros. Tudo era tão mais colorido e perfeito com você aqui. E nós não prometemos nada. Tudo isso que brilhou, nao tinha compromisso algum. Nós simplesmente éramos felizes, e não precisávamos de um sempre. Tudo aquilo que julgamos ter um tempo indeterminado, é sempre um tempo inferior ao que supomos. Então não rotulamos o nosso prazo de validade. Mas como vale esse sentimento que ta aqui dentro. Como dói não te ter nesses dias frios. Eu precisava tanto do seu abraço... Você nunca me questionou do porque eu sempre te abraçava por minutos, e não falava nenhuma palavra. Você simplesmente sabia que eu precisava dos seus braços e do seu perfume. Você sabia que aquilo confortava e me dava a sensação de que nem tudo estava perdido. Eu ainda tinha você, e isso era quase tudo que eu precisava. O resto era detalhe. O resto ainda é detalhe. Eu ainda só preciso de você pra seguir isso em paz, e seguir bem. Volta, meu bem, volta ? 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Óbvio.

Obviamente dói. Você vê, você sente, você sabe ler. Você sabe o meu dom de transformar tudo aquilo que arde na minha pele em doces palavras. Mas não era pra se preocupar tanto. Esses textos não tem o seu nome, não condizem com nossas histórias, com as datas... E você deduz. Você acredita que foram feitos pra você. E eu não me importo, sabe? Você pode deduzir o que quiser. Achar o quanto achar necessário, supor na mesma intensidade da sua intuição. Eu sei que isso não vai fazer diferença alguma. Nada, nenhum sentimento muda nossa historia, nossos machucados. O tempo passou muito rápido pra nós, e nunca mais vai estar ao nosso favor. E eu vivo muito bem com o relógio, com os dias no calendário. O tempo agora, está a meu favor. Mas você continua lendo tudo isso, e achando que é pra você. Você acredita que cada dor escrita aqui, deve doer em voce também. Mas não esqueça de um detalhe: Eu sou exagerada. Dramática. Aumento tudo. Pioro tudo. É claro que eu vivo bem. Que eu sorrio. Que eu saio. Que fico de porre. Que eu durmo na casa das minhas amigas. Que eu falo mal das outras garotas. Que eu estudo. Que eu sou independente. Que eu durmo com outros caras. É óbvio que eu sou feliz, e não invejo nenhum corpo do IML. E é fato que eu vou viver sem você, e vou viver muito bem. E sabe o que é mais óbvio ainda? Que por mais que viver sem você doa, eu nunca disse o tamanho dessa dor e nem vou dizer. É que é muito bom ter você aqui lendo cada palavra e se sentindo em cada parágrafo. Se eu te contar o nome das pessoas que me inspiraram até aqui, você nunca mais volta, por que de todos... Essa é a primeira vez que eu decidi escrever de você. E olha que esse texto ficou meio pobre, meio sem sentido e eu meio que não gostei. Sempre meios, sempre metades, sempre quase. 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sabe aquele cubo mágico que você me deu? Lembra? Pois é, depois de meses fuçando naquela porcaria, ontem de noite, sem explicações, eu consegui. Ele ta aqui, na minha frente, e todos os cubinhos brancos estão juntinhos, assim como o vermelho, o verde... Eu solucionei o problema do cubinho, e automaticamente, o meu. Não sei como, no último estalo do cubinho, quando a última peçinha branca se encaixou, saiu uma coisa aqui de dentro. Um carma, uma alma, sei lá o que era, mas eu só sei que ela foi embora. Aquela angústia, e aquela vontade de chorar, sabe? Não, você não sabe, mas eu sentia isso. Ela foi embora junto com as confusões do cubo. Eu me lembro bem no dia que você o entregou pra mim. Era agosto, bem no começo do mês. E ele tava prontinho, não tinha nada de errado com o cubo, além do fato dele estar perfeito. E você riu muito quando eu começei a desorganizar tudo. Porque era uma característica nossa: somos complicados. Nós não gostamos das coisas em seu devido lugar. As coisas precisam estar um pouco fora de ordem pra gente se sentir aliviado. E foi assim que eu fiquei, depois de acabar com a harmonia das cores do cubo. E eu o guardei. Mas desde o dia que você foi embora que eu fuço essas caixas pra resolver o problema do cubo. Porque o cubo agora, representava toda a nossa confusão. Todas as coisas que eu não disse, todas as coisas que você não sentiu, todas as conversas que não tivemos e todas as coisas que ficaram no ar. E era por isso que eu ainda sentia essa mágoa. Porque nós não tínhamos terminado ainda. Eu sentia toda essa confusão, todas essas dúvidas, e todas essas dores  que nós tanto ignoramos. E o cubo ficou por todo esse tempo confuso e guardado. Ninguém podia resolver o problema, porque nós o escondemos, nós acreditamos que o tempo iria nos ajudar a esquecer do cubo. Pois é, nós esquecemos, mas ele continuou doendo aqui dentro. Até que eu o achei, e doeu muito mais. Mas eu sabia que se resolvesse o problema do cubo, você iria embora, porque não existe mais nada em comum entre nós, além desse brinquedo. Pois é, e foi no último estalo, na última peçinha branca se encontrando com as outras oito, que você foi embora, junto com essa dor, essa mágoa e essa angústia. E esse cubo vai ficar emcima do meu criado-mudo. Porque eu não vou me esquecer dele, não vou me esquecer de você, e não vou me esquecer da dor que vocês me causaram. Ele vai ficar aqui, pra nunca mais complicar, pra fazer com que você nunca mais volte. 

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Tô indo.

Eu achava que minha cidade era grande. Que eu só podia amar. Que as pessoas que estão comigo hoje, estarão para todo o sempre. Pois é. Esses bairros se tornaram muito pequenos, esse amor ficou muito grande e o pra sempre ficou muito vago. Tem tanta coisa pra ver, pra viver, pra sentir, pra experimentar e pra conhecer. Tem tanto lugar que eu não fui, que eu não me cansei. E sabe de uma coisa? Nem tudo é amor. É claro que eu amo ! Mas isso não é tudo. Eu aprendi o verdadeiro significado de felicidade. Felicidade e paz. Porque a felicidade é estar em paz com você mesma. E estar em paz, é ser feliz e fazer feliz todos que ama. E eu perdi muito tempo da minha vida pra poder concluir isso. Imagina, quinze anos pensando em castelos, príncipes e cavalos brancos. Foi muita perda de tempo, eu sei. Mas eu desconheço o caminho que vou seguir agora, e é isso que me impulsiona cada vez mais: eu vou experimentar pela primeira vez todos os sentimentos que o mundo pode me oferecer, todas as cores e os gostos, todos os sonhos e os desejos escondidos por aí. Eu vou conhecer o mundo, porque ele é muito maior do que os limites que eu invetei, muito melhor que do que o 'para sempre' que eu criei. E é claro que eu não vou me esquecer dos amigos de infância nem do meu primeiro amor. Eles marcaram pra entrar em minha vida, e deixaram cicatrizes na hora de ir embora. Mas eu aprendi a despedir, também. Porque eu vou embora, definitivamente, vou conhecer o mundo. Porque essa cidade é muito pequena, meus sentimentos são muito grandes e eu desconheço tudo que é pra sempre. 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Com tanta coisa boa pra fazer, eu quero é sofrer. Pô! Eu não vejo graça nesses casais felizes, nas piriguetes solteiras bêbadas, sorrindo sem motivo. Nem na santa virgem que gosta de ver filmes sábado a noite, sentindo uma felicidade intensa de ser auto-sustentável. Eu quero é sofrer. Eu quero chorar e ter uma sensação de luto. Eu quero pedir a Deus pra me tirar a vida. Mas você me faz feliz. Você sabe que eu nasci pra sofrer, que eu tenho vocação pra isso. Que eu treinei toda a minha vida pra fazer textos melancólicos, e você me faz bem, porra. Ai não dá, né ? Ele finge que vai me empurrar na piscina e depois me carrega. Fica horas hipnotizado em mim, me escutando falar do quanto eu vou ser rica. Depois ele passa a mão no meu rosto e aperta a minha bochecha, falando que eu sou o bebê dele. Bebê, porra nenhuma. Fala que eu sou uma vaca por não ser romântica, por não te colocar nos meus planos milionários. Me liga bêbado da festa pra mim escutar a voz da outra ? Sábado a noite você me liga, eu chego a fazer figa pra escutar a voz dela me perguntando se eu sou sua namorada. Mas é você, com voz de sono, pra falar que acabou de sonhar comigo, e me queria do seu lado agora. Você forçou a amizade cara. A amizade não. Você forçou com a minha vocação, com a minha alma mau amada e com meus discursos. Eu ia ser rica sofrendo, sabia ? Mas agora, como que eu vou fazer os textos ? Do cara que abria a porta do carro e me levava pra casa antes da meia-noite pra minha mãe não ficar preocupada ? Tem muita gente que só lê meus textos porque gosta de sofrer também. Mas eu não vou sofrer, se você me fizer feliz desse jeito. É foda, você fuder tudo assim. E por fim, você tem ex e não lembra o nome. Você tem ex, mas não fala dela. Não pensa nela. Não sofre por ela. Porra, como se não bastasse me fazer feliz e impedir o meu sofrimento, você é feliz e não sofre. Graças a Deus. Agora eu posso sofrer, porque eu sou feliz, e ser feliz me dá uma sensação de morte. Voltei a escrever e a ser rica. Graças a Deus. 

domingo, 10 de outubro de 2010

waiting to go.

Você vai embora todos os dias. Eu ainda te procuro, sussurro seu nome, te chamo, mas você vai. É triste, mas eu sei que é o que eu quero. Então eu durmo tranquila. E você sai do seu esconderijo pra me ver dormir. Alguns momentos você se sente tolo, porque acha que eu finjo dormir, gritando seu nome. Mas eu não me sinto confortável e viro, paro de falar. Você sabe que foi o seu nome que eu falei, não sabe ? E você ri, porque vê que eu estou bem. Que mesmo que seja meio torta, eu ando, meio ofegante, eu respiro. Mesmo que eu seja metade de tudo, eu ainda sou. Você não vai se surpreender se um dia me encontrar na rua, vinte quilos mais magra, de moletom e fumando. Eu não vou fazer isso. E você também não vai me encontrar mais gostosa e sexy, entrando no carro do meu novo namorado. Eu também não vou ser isso. Eu vou continuar sendo a menina dos olhos, a sua. Porque foi assim que você se apaixonou. E depois de ver que eu sou a mesma de antes, você vai rir alto, porque você só sabe rir assim. E eu vou acordar meio tonta, e vou te ver correndo pro seu esconderijo. E quando eu reparar que era você, vou levantar assustada. E eu vou acreditar que foi mais um sonho muito real, e que você foi embora mesmo. Você nunca vai. Você não vai embora, não vai me deixar em paz. Você precisa que alguém te ame pra sempre, você precisa desse conforto, o seu ego precisa disso. E todos os dias que eu me torno quase inteira com a sua ausência, você vai aparecer. Porque eu não posso ser inteira. Você precisa desse sofrimento pra se sentir bem. Eu eu vou sendo metades, até quando você quiser... 
Acabaram os textos antigos, então o blog vai entrar num ritmo normal, logo, mais lento =)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Eu preciso.

Eu preciso dizer essas coisas antes que seja muito tarde, antes de ir embora, ou de te perder. É importante que você saiba, e mais ainda, que você entenda. A primeira, é que eu te amo, e automaticamente, quando amo, cuido. E quando não cuido, me sinto péssima, fracassada. Eu nunca me sinto bem o bastante sabendo que alguém precisa de mim, e eu, nada posso fazer. Te vendo assim, tão pequena, tão frágil... É impossível você ter aguentado tantas coisas, por todo esse tempo. Coisas tão pesadas pra serem carregadas por alguém tão comum, tão normal. Mas você aguentou até o fim, sozinha. E até então, tudo bem. Meus olhos podem aguentar ver isso. Mas saber que você passou por tudo sozinha e calada, não dá. Eu fecho os olhos, e as lágrimas rolam pelo meu rosto. Eu não posso aguentar as suas dores. Eu não posso aguentar esses textos e imaginar que nos dias escuros e vazios, você se sente só, e não está bem. Eu não posso aguentar a consciência do mal que está em você e não fazer nada. Eu só quero mudar o seu mundo, e torná-lo um pouco mais justo pra você. Eu só quero que você tenha voz, e grite quando quiser, quando precisar. Eu só queria te dar essa força, e te ver bem, porque seu escudo não pode esconder a realidade das pessoas que realmente te conhecem. E eu conheço. Eu sei da realidade. Eu sei das dores, e o quanto elas são pesadas. E sei de mim. Sei da minha angústia por te ver assim. É por isso que eu sempre fico aqui atrás, na espreita, esperando tudo dar errado pra estar do seu lado, e me culpar cada vez mais. Porque eu preciso cuidar sempre de você, pra me sentir bem. Eu preciso que você entenda essas palavras, que você sinta essa energia e preciso que você tenha certeza que eu realmente vou estar lá quando você precisar. 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Paciência.

Quero toda a minha vida de volta. quero tudo que você roubou de mim novamente. Quero todo o amor, que você pegou de mim, e guardou. Preciso de distancia de você, preciso de me conhecer, de descobrir quem sou eu, sem você. Somente me devolva tudo o que eu lhe dei sem pensar duas vezes, e me deixe ir. 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Voe por todo mar e volte aqui.

Não chega muito perto. Eu estou queimando, ardendo em emoção e sentimento. Se você observar lentamente, vai conseguir ver essa áurea a minha volta, saindo pelos meus poros. E se você encostar, tem a chance de pegar um pouco desse sentimento e levar pra você. Porque ele não cabe mais em mim. A cada dia ele me consome mais, diminui meu corpo, e fica maior. Hoje, ele fica muito estreito aqui, e vai começar a sair. Daqui a pouco, eu só vou ter essa luz, essa energia, e meu corpo vai ser muito pequeno pra enxergar. E quando eu me transformar somente em uma sensação, uma energia, uma áurea, ou como você quiser chamar, eu vou embora. Eu vou voar por aí, sweet butterfly . . .

Goodbye my friend.

E eu chorei. Eu realmente quis te odiar, quis sentir tudo isso que dizem por aí. Mas não dá. Nós não somos assim. Nós nos acostumamos com o abraço e com o conselho. Com os mesmos gostos. Nós éramos um pouco mais que cúmplices, e menos que irmãs. Nós éramos boas amigas. E nós somos do mesmo signo, temos os mesmos gostos, adoramos a ironia e o desapego. Realmente, nós gostamos de muita coisa em comum. E foi o esse o nosso erro. Ser tão igual. Eu li meu nome, e chorei. Chorei porque eu ainda sinto sua falta, porque eu queria uma história diferente pra nós.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Peace.

Uma pessoa apaixonada quer o outro tanto, que tem medo de perder. Ainda que ela não se dê conta disso, o medo de perder existe quando se está apaixonado. Paz é quando o mundo não precisa parar pra você descer, pois você pode descer a qualquer momento e tem total controle da situação. Paz é quando você está na hora certa e no lugar certo simplesmente porque você acha que aquela hora e aquele lugar são certos pra você estar. Paz é querer aquela pessoa que também te quer e, se um dia uma das partes não quiser mais, tudo bem. Você também vai estar em paz pois não precisa de outra pessoa pra viver. Paz é estar feliz com sua própria companhia assistindo filme sexta-feira à noite. Paz é não ter saudade do passado. Ou ter, mas viver em harmonia com ele. É não esperar pelo futuro como se ele existisse porque, na verdade, o futuro acaba no exato momento que começa. Paz é a sensação de que tudo vai dar certo e, se não der, você terá outra chance.

domingo, 3 de outubro de 2010

Doença.

Amor é felicidade, amor é sofrimento, amor é dor. Isso eu já sabia. Só não sabia que amor era droga, e que era doença. E eu descobri que era. Experimentei do seu beijo algumas vezes, e me acostumei a sempre encontrar seus lábios no escuro. Depois me acostumei com o gosto do seu beijo, e com o calor do seu abraço. Mas isso foi ficando fraco, a cada vez que eu usava. Precisava de algo mais forte pra fazer aquele efeito de anestesia que sentia no começo. Foi quando eu entrei de vez nessa furada. Foi arrebatador, grande e quente. Veio como se fosse me matar, mas coube no meu coração. Eu me apaixonei por você, pelo seu sorriso e pelas suas pintinhas. Passei dias desejando te ver de novo, conversar mais uma vez, e descobrir mais alguma coisa da sua vida. Onde você esteve todo esse tempo? Quem era sua companhia antes de me conhecer? E precisei me conhecer novamente. Mas na verdade, eu me reenventei. Eu virei outra, e precisei me perguntar: Onde eu estava todo esse tempo? Quem era minha companhia antes de conhecê-lo ? E como eu pude somente ' existir ' por todos esses anos, sem sentir falta alguma de viver ? E como ele conseguiu me trazer a vida tão rápido. E no meio de tantas perguntas, eu descobri que eu o amava. Eu o amava, muito mais do que devia, e no entanto ainda não era o bastante. E esse amor, virou um vício. Começou com uma droga, me viciou, e hoje sou doente. Doente por você, com você, de você. Doente. Vai me matar? eu espero que sim. Se ao menos eu te deixar, que pelo menos seja o amando, e eu estou feliz. É doentio, e faz mal. Mas eu não quero deixar de amá-lo, não quero deixar de cuidar dele, a cada instante na minha vida. Quero cultivá-lo a cada vão segundo. Quero, quero e quero.

J.W

Você vai ler isso aqui. Não me julgue mal, não vá embora com essa imagem que voce tem de mim. Você só olhou por um angulo diferente. Eu sempre estive aqui, não é ? E ainda assim estarei. Você não olhará pra tras, não é mesmo? Pois então eu estarei atras de você, seguindo seus passos, e sabendo da sua vida. Eu nunca quis que você fosse embora, e nunca vou querer. Se eu te apagar da minha vida, eu encurtarei a palavra para ' existência '. Não vivi. não viverei, até você voltar. E se não voltar, ok. Eu ainda assim estarei te seguindo. 
' O criador teve o direito de construir, da mesma que terá de destruir. '

Você me criou, você me destruiu.

Believe.

Quantas vezes já desistimos de tudo, já jogamos tudo pro alto e dissemos a nós mesmos "Fim". Quantas vezes já passamos noites sem dormir, planejando, sonhando com alguém, sonhando que o princípe encantado aparecerá amanhã e te salvará dessa angústia sem fim. Quantas lágrimas já foram derramadas dos nossos olhos. Quantas dores o nosso coração já suportou, e continua ali, pulsando dentro do nosso peito? Quanto mais ele precisa se machucar, pra parar ? O coração tem fé. Ele acredita. Ele vê a luz no fim dessa história. É por isso que ele pulsa, que ele se mantém no mesmo ritmo. Ele não desiste. E como discordar do coração? A verdade mesmo, é a razão, mas ninguém gosta de escutar a verdade. Ninguém quer a razão. Nós gostamos de sentir as borboletas no estômago e arriscar as dores. Só nos resta uma coisa então: Acreditar. Acreditar que no final, todas dores, todas as mágoas, toda a angústia, todas as lágrimas, toda solidão, teve um motivo, e que toda essa espera interminável, valeu a pena. Acredite.

sábado, 2 de outubro de 2010

Não desista.

E eu tentarei, sempre que der, sempre que puder, sempre que quiser. Voltarei ontem, hoje e amanhã. E depois de amanhã também. Não dá pra desistir de você assim, não dá. Olhando pra você, eu entendo porque eu me apaixonei, e o porque eu não posso deixar as coisas como estão. É você que fez o mundo girar, o relógio parar. É sempre você, o dono da minha vida, do meu dia, do meu relógio. Eu parei minha vida a te esperar, e posso ficar aqui pra sempre, só pra te ver passar. Que você passasse imperceptível, eu só precisaria te ver sorrir mais uma vez pra ir embora, pra jogar minha vida fora. Esse negócio que você implantou aqui dentro, é quente, e fala. Fala bem de você, o tempo todo. E é por esse sentimento que eu vou atrás, que eu procuro, que eu não desisto. É por esse amor que eu te quero cada vez mais. Não desiste de mim? Eu juro que estou aqui por você, e com você. Eu vou continuar essa caminhada, mesmo que meus pés doam muito. Mas eu preciso que você caminhe também, porque te ver do meu lado da vontade de correr, de ser melhor ainda, por nós. Eu não vou desistir, não de você, não de nós.

Futuro.

Que venha, que me leve. Que seja forte, que me derrube, que seja uma onda de novidades, que quebre, arrebente. Mas que mude, pelo amor de Deus, me mude. Me leve pra nunca mais voltar. Que seja sem nenhuma explicação, mas que aconteça ...

Felizes para sempre.

Todo conto de fadas termina com Felizes para sempre, e nunca mais se toca no assunto. Vai que a cinderela cansou do principe e separou ? Ninguém sabe. Afinal, felicidade não é sinonimo de algema. Não confunda ' Felizes para sempre ' com ' Juntos para sempre '. Eu posso ser feliz eternamente, sozinha. Com um outro alguém. Morta. Viva. Viajando. Lésbica. Ocupada demais com trabalho, ou com qualquer outro pretesto. Felicidade não esta associada ao conto de fadas que você escreveu. Não me importa o fim dos amores, dos encantos e das histórias. O livro sempre se fecha e volta pra estante empoeirada. 

Escritoras.

Sabe qual o meu problema ? Eu escrevo. Eu exteriorizo tudo o que sofri nos últimos quinze anos. Não sangra, nem deixa marca, mas escrever dói. Dói, porque toda escritora pára um dia pra ler tudo o que já escreveu. E nós lemos a história de uma garotinha. Nós sentimos raiva, nós a amamos, mas nós sentimos muita pena. Pena, porque ela tem um talento tão grande em mãos, e gasta com sentimentos tão feios. O meu problema, além de escrever, é que eu conheço tudo o que eu penso e sinto, e no momento em que eu tenho isso em mãos, está em mãos erradas. Essas mãos, infelizmente, sabem exprimir tudo em alguns pontos, vírgulas e letras. Tem gente que ganha dinheiro sofrendo desse jeito, como pode ? Pra você ver. Até sofrer dá dinheiro. E eu, que sofro, escrevo, sinto e penso ? Não vou ganhar nada, além de um vazio. Todos os dias, quando uma escritora pega seu caderninho, começa a escrever e dilacerar cada página, ela tira tudo o que grita dentro dela e taca no papel. Ela dorme como um anjo, porque ela está leve. Ela tira todo o peso, toda a dor e fica vazia. Mas todos os dias quando ela acorda, ela está cheia de novo. Cheia de angústias, e de lágrimas. Por isso toda escritora é desinteressada, parece velha e inteligente. Nós não vemos magia em nada mais, porque não existe nada nesse mundo que nós não podemos transformar em palavras. Porque estamos o tempo todo cansadas, fartas. Nós conhecemos tudo aquilo que já pensamos e sentimos, e como já escrevemos sobre isso, não queremos mais. Um dia nós vamos conhecer tudo do mundo, e vamos ter escrito sobre isso, também. E quando não tiver mais nada pra escrever, nós ficamos loucas e morremos. E nós, ainda assim, escreveremos sobre insanidade e morte. 

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eu sempre fui apaixonado por você . . .

Reinventar. 
É só disso que precisamos, começar do zero. Esquecer os erros e nos conhecermos novamente, já que não somos os mesmos desde o começo. Precisamos esquecer o que passamos, os erros que cometemos, esquecer os fatos que tanto jogamos na cara um do outro. Precisamos fazer um novo coração, já que o nosso está tão machucado, e não tem cura, por mais que juntemos cada pedaço, fica a cicatriz, marca pra sempre lembrar de como foi feita. Mas eu quero fazer isso junto de você. Vamos recomeçar ?

Então, vá.

Eu não vou mais obrigar ninguém que fique. Eu não vou sacrificar o amor de ninguém por mim. Se quer ir vá. Se não quer ir, eu também não me interesso a saber. O que era seu já não é mais, e o que aconteceu ficou pra trás. Se era pra ter dado certo, não deveria ter sido interrompido, não deveria ter tido um fim. Se teve, agora sou eu que desprezo, eu que não quero mais. Me levanto agora, e eu quero mesmo, ir pra frente, chega de andar pra trás e regredir. Eu vou, e não olho pra tras, nunca mais. 

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Necessidade.

Se eu te pedisse, pela última vez pra você ficar, se eu suplicasse, implorasse, pra você não ir agora, você me escutaria? Você faria isso por mim? Eu preciso muito de você aqui, a minha necessidade da sua presença é imediata, é constante. Quando eu te disse que te amava, não era pouco, e não era bobagem. E quando eu disse que precisava de você, é porque eu precisava, eu preciso, e vou precisar sempre. Eu preciso sempre dos teus olhos brilhando pra mim, do teu sorriso me fazendo rir, do teu cheiro e do teu abraço. Cada pedaço teu, é meu. Tuas felicidades são minhas e suas dores também. Não existe nada no mundo que você seja, que eu não me torne também. Eu preciso de você hoje, nem que seja por um minuto, mas eu preciso. 

Dores.

Posso te falar da dor. Não por todas as traições, mas pelo passado. Passado em que eu que eu vi e meu coração não sentiu. Antiga frase clichê " O que os olhos não vêem, o coração não sente ". E quando os olhos vêem, e o coração continua sem sentir ? E quando o pior cego, que é aquele que não quer ver... é você ? Pois é, as dores não são pelas traições, mas por mim. Por ter negado a ver tudo que eu precisava, eu poderia estar bem melhor, e mais longe de tudo, se tivesse dado um basta. É a minha insatisfação comigo mesma que me faz chorar. É a consciência que eu sou melhor do que isso, mas agora não consigo provar isso pra mim mesma. É tudo por mim, toda e qualquer lágrima, por mim.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Post especial: Explique-se.

Junto dos meus pensamentos, vem também um milhão de dúvidas. E ao mesmo tempo que todos os dias eu me sento aqui e começo a escrever, mil pessoas também se sentam pra ler. Ler e concluir. Concluem o que querem. Que eu sou louca, que eu escrevo muito bem, que falta coerência nos meus textos, que eu deveria parar de lamentar tanto, que eu deveria ser mais clara. Então, que seja bem mais claro e explícito: É tudo pra mim. A única coisa que você, que está aí do outro lado precisa saber sobre mim é que eu me amo. Me amo de uma forma, que chega a ser doentio. Me apaixono todos os dias por mim mesma, e faço tudo por mim. Então, todos os textos aqui, foram pro meu maior e primeiro amor: Eu. Foram feitos por mim, e pra mim. E não são minha dores, minhas lágrimas nem meus dias descritos, porque eu sou egoísta, também. Só eu conheço meus pensamentos e meus dias, e eu nunca vou expor isso a ninguém. Tudo escrito aqui, é a minha imaginação voando por aí, e voltando todos os dias pra escrever. Então, por favor: Não me concluam, não tentem entender. Eu vou surpreender, eu vou fugir do clássico e do comum, eu não vou escrever pra ninguém que lê meus textos. Eu vou escrever por mim, e pra mim. Grata. 

Esquinas.

O problema não é a forma que você ignora. Nem o quão seu sorriso consegue ser perfeito depois de tudo. Você é exatamente da forma que eu conheci, você não mudou nada. Os lábios, os olhos...é como se eu não tivesse passado na sua vida, ou quem sabe eu passei. Mas passei tão rápido, que só deu pros seus cabelos sentirem o vento. E você ficou mais bonito ainda. Mas só durou alguns segundos, você nem reparou que eu passei. Você continuou andando, sorrindo, tão lindo. Deu um beijo na sua testa, e a abraçou. Vocês caminharam juntos, mas andaram tanto, que eu nem consegui ver vocês dois. E eu já entendi. Eu parei pra ver você passar. Passar por cima de mim. Pra me avisar que não é pra mim estar no seu caminho novamente. Fica tranquilo, eu fui andando devagar, com meus dois fones e meu rock nojento tocando, virei a esquina e fui pra próxima rua. Provavelmente na próxima esquina eu vou te encontrar. Na próxima, na próxima e na próxima. Mas vou ficar te olhando, só pra ver se você não se perdeu. Qualquer coisa eu saio correndo e te encontro. Pra você me atropelar de novo, e eu procurar outra rua pra te salvar... E que seja um ciclo, sempre te olhando e te protegendo. Não é atoa que você me chamava de " meu anjo ".

Sintonia

Nenhum pensamento meu consegue chegar aí. Nada que eu faça consegue te afetar, porque é mais fácil viver longe de você. Eu não preciso estar sempre bem arrumada e bonita. Eu acordo feia, amarrotada, de mau humor. Acordo eu. Porque "eu" é muito mais feio e amarrotado do que "nós". Você sempre me deixa, mesmo estando colado comigo. Você nunca me deixa, porque não está colado comigo. E sabe a sensação que eu tinha, que sempre tinha alguém me seguindo ? Era você. É você. Em cada passo, em cada risada. Você fica me olhando e me medindo. Você que me avisa que é pra mim correr, se não eu vou ser atropelada. Você que me fala pra ficar calada quando minha mãe começa a dar piti. Ainda é você que cuida de mim. E sabe que você não tem noção disso ? Você não tem noção do efeito que causa em mim. Porque desde que você foi embora, você deixou uma parte sua comigo. Uma parte viva, que continua me olhando, me medindo, me protegendo, cuidando de mim. Essa parte, ainda é o cara que eu conhecia. Na verdade, você deixou esse cara comigo, e virou outro. Então eu te guardo aqui. Não é pra você vir buscar. Eu gosto daquilo que eu conheço, que eu vejo, que eu guardo comigo. Esse cara, do lado de lá, já nem me importa mais.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Cigarros e espuma.

Eu posso. Na verdade, eu quero. Seria ótimo. A vitória sobre aqueles que me fizeram tão mal; estar com você, nos seus braços... Ah, seria perfeito. Mas não. Eu não desejo a minha dor, nem ao meu pior inimigo. Eu não quero que ela sinta o que eu senti. Eu não quero vingança. Eu quero recomeçar, eu quero levantar, e seguir. Eu poderia gritar e pedir pra você voltar, te convencer. Porque no fundo, eu sei que você também quer estar aqui. E eu posso te salvar de tudo isso que você se meteu. Mas não é bom pra mim. Se você não tivesse ido embora, eu não seria hoje, assim. Eu cresci muito, por não ter ninguém pra me apoiar. E eu não quero mais me rebaixar e voltar pra você. Você dizia que eu era uma criança. Pois é, eu sou muita criança pra você. Daqui a uns dias, ela vai te fazer feliz, de uma forma... E daqui a um tempo, eu vou ser feliz também. E assim não vai me fazer mal. Assim, eu curo essa ferida de vez. Saber notícias suas, sempre me fazem mal, mas a maldita da minha curiosidade sempre me faz sempre ir além. Pois então, hoje eu vou recuar. Hoje, eu não quero escutar seu nome nem sobre seu humor. Eu quero acender meus cigarros, entrar nessa banheira e ficar aqui a tarde toda, soprando espumas. Quero que a mamãe abra a porta e não me encontre com tanta fumaça. Só quero isso. Quero um pouco menos de cronômetro e compromissos. Cansei de ter que te amar todos os dias, sofrer todos os dias. Amanhã eu juro que volto. Mas hoje não. Hoje, eu só quero as coisas da forma que estavam. Difíceis, dolorosas... Mas pelo menos, eu sabia que precisava te esquecer. E me empenhava nisso. Saber de você, me dá uma pontinha de esperança. E eu não quero acreditar. Não nesse amor. Nesse amor grande, e fraco. Que era lindo, mas não tinha poder que não podia passar pelas barreiras e dificuldades. Nesse amor deficiente, que todo dia precisa de apoio pra se manter de pé. Aí não dá. Eu nunca fui inteira, você também não. Nós sempre fomos metades, nos apoiamos pra juntos, sermos um ser inteiro. Já basta precisar ser “ nós “ pra existir. Não quero que meu amor precise de uma metade pra existir, também. Na verdade, eu não quero mais nada. Nem você, nem ele, nem eu. Eu só quero meu cigarro e minha banheira.

Você ainda vai me amar, amanhã de manhã ?

O que pode acontecer em 4 minutos ? Ps: Existem amores que duram mais que uma vida. É bem mais que amor... O que eu sinto ainda não tem nome. 

Essas frases são familiares ? Você já escutou isso, na voz de alguém ? Você já disse isso pra alguém ? Já. Pra mim, no nosso cantinho, no nosso amor. E pra ela. Na orgia de vocês. No amor de vocês. Você tem noção das coisas que acontecerão nos próximos 4 minutos ? Aonde eu posso estar, nas coisas que eu penso? Quando você encosta a cabeça no travesseiro, a sensação é de estar deitando em uma pedra? Você vira várias vezes, encontrando a posição certa pra dormir, mas você só consegue me escutar rindo ? Quando você acorda, você consegue escutar minha voz, te dando bom dia ? A última música que você escutou, foi a nossa ? Você ainda tem o costume de discar o meu número, e cai em si antes de ligar ? Você olha minhas fotos todos os dias ? Quando você as vê, lembra dos momentos, da pessoa que estava com você naquela época ? Você usa um anel, pra suprir a falta que a nossa aliança fazia ? Você consegue escutar a minha voz o tempo todo ? Você consegue dialogar com a minha voz, te atormentando todos os dias ? Você consegue sentir meu perfume no meio da rua ? Você chora quando pensa que um dia eu vou morrer ? Dói pensar que não é mais comigo que você vai viver tudo isso ? O beijo das outras pessoas encaixa com o seu ? A sintonia que você tem com essas pessoas, nunca é igual a que você tinha comigo ? Você sente falta de coisas bobas que eu fazia, da minha risada ? Quando ela te abraça, o mundo gira da mesma forma ? Você não consegue se abrir, de forma alguma, pra ninguém, porque você se sente friamente sozinho no mundo ? Você acha que nada está certo porque eu não estou com você ? Você tem a sensação de perda desde quando abre os olhos, até quando dorme ? Você sente essa dor ? Eu converso com você ? Você sente a minha presença a todo instante ? Você tem a sensação de que eu estou sempre atrás de você, te seguindo ? Pois é. Se tudo isso for verdade, é porque você esta tão louco quanto eu. É porque você ainda ama, e você ainda luta por nós. Porque eu lutaria por você. E você sabe que eu não acredito no destino. Não acho que as coisas são porque eram pra ser. Nós podemos construir isso tudo novamente, só basta você querer. Não há nada que me faça desistir, todo e qualquer problema é pequeno de mais, pra que não possamos resolver. Eu estou por você, e você... está aqui, agora... Por mim ?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

And I won't give a shit.

Nem ligo. Nem sinto. Nem fodo. Nem mesmo, nada mais importa. O fodas agora tá forte, mermão. Tá achando que é pouca bosta ? Nem é. A firma aqui é muita bosta, você nem imagina. Você gosta de mim? Fodas ou, você sabia que era a hora errada, e assim mesmo apareceu. Seu sentimento, seu problema, tenho nada com isso, e nem vou me sentir culpada. Você gosta de mim, e tá com ela ? Fodas zé, tu também tá enganando a mina e me fez sofrer, tu não me merece. Você me acha mau educada? Fodas irmão, tu fez por merecer, não sou grossa com ninguém que não mereça. Você me acha fria, seca ? Isso é mais problema seu do que meu. Na verdade, é um problema TODO seu. Juro que não vou mudar pra te agradar, porque eu, de verdade... NÃO quero ser seu amigo, e nem faz diferença se os que sobraram quiserem ir embora. Eu tô muito bem com meu ego. É a melhor companhia do mundo, porque não me enche o saco, não me frita, não é contraditório. Fica ele lá, e eu aqui. Caso a gente precise um do outro, a gente se fala. Se não precisar, tá tudo ótimo. Ele não finge ser legal, nem eu Zé. Tá tudo azul agora. Como ela sempre dizia " tu é auto-suficiente ". Eu sempre discordei, mas porra... Tu tem razão, mina. A única coisa que eu preciso pra me sentir inteira, sou eu mesma. E adivinha ? Eu me tenho. Porra, então tá tudo bom ? Tá tudo ÓTIMO irmão. Eu nem sei pra que escrevo, porque sofro. Porque sofria né, irmão... Porque eu não sei mais o que é sentir. Eu vou é fumar e beber, trepar com o mendigo e pegar aids, porque uma hora eu vou morrer. E eu não vou desperdiçar minha morte com enfarte ou velhice. Eu quero morrer causando, com um câncer bem foda no meu pulmão, com uma aids fudida ou de cirrose, que é minha predileta. Nada melhor do que morrer bêbado, curtindo, engasgando no próprio vômito. Eu posso morrer de overdose também, até o nome soa chique. Pra morrer de overdose tu tem que ser rico, pra bancar, ou tem que morrer devendo, pra morrer fudendo todo mundo. Morrer com os traficantes putos de raiva, ameaçando minha família. Porque eu vou ter muitos filhos, vou dar igual chuchu na cerca, pra qualquer um. E meus filhos vão ser todos fudidos, porque eu vou beber e fumar durante toda a gestação. Eles vão morrer de vergonha de mim, e nunca vão trazer os amiguinhos aqui em casa. Melhor, porque eu não ia fazer lanchinho. Eu vou ter maconha, se eles quiserem, acender um baseado na minha sala, bem-vindos. E eu só vou buscar eles na escola, pra matar de vergonha, pra diretora me dar um esporro. Porque de duas uma: Ou eu vou pelada, ou eu vou bêbada. De carro, pra vocês agarrarem no banco com medo de morrer. E por aí vai. Pode falar que a porra da minha vida vai ser ótima! E eu não vou ter depressão, porque você sabe, eu não sinto. Ta tudo ótimo, mano ? CLARO irmão, tá tudo azul. E se pá, nada disso acontecer, eu vou morrer numa trepada, no dia 21 de dezembro de 2012, que é quando toda essa bagaça aqui acabar. Aí vai ser legal. Eu, você, um orgasmo e o fim do mundo. Pode falar, isso é que é morrer causando

Lembranças. 2

Não dá. Por mais que eu encare certas coisas com todo o poder que meu olhar tem, não dá. Eu mexo a sobrancelha de uma forma que ninguém no mundo consegue, e meu olhar fica forte, funciona com quase todo mundo. Só não funciona com todo mundo. Infelizmente, a minha vontade de mudar as pessoas é tão grande, que ela anula o efeito. Não consigo, não dá. Na verdade, eu queria me mudar, inicialmente. Mas não deu também, é mais fácil mudar as pessoas. Porque eu viro de um lado, viro do outro. Eu abro a cortina, eu tento conversar com minha irmã. A droga do seu cheiro ainda tá naquele ursinho que você me deu do dia dos namorados. E eu não consigo jogar a merda do urso fora. Não por você, porque eu não consigo mais me importar com seus sentimentos, com o que você fez ou deixou de fazer. Graças a Deus o seu nome tá aniquilado aqui dentro. Eu não quero jogar o urso fora, porque eu gosto das lembranças. Elas eu não quero aniquilar. Eu gosto de lembrar do que nós éramos. Naquele eterno clichê do " Isso vai passar ". Claro que vai, se já não passou... Eu já aceitei bem essa afirmativa, o problema é que depois que passar, eu não vou mais gostar das lembranças, eu não vou mais te amar, e não vou querer a merda do urso. O seu cheiro vai ser muito doce pro meu gosto, a sua voz muito grossa, e seu sorriso nem vai encantar tanto assim. Aí eu vou me sentir mal, de ter amado um cara tão ridículo. Aí eu vou me sentir mal, não pelo nosso fim. Mas pelo fim do amor. Eu vou ficar mal, porque eu não vou querer jogar mais. Isso de ir lá na porta linda, mais magra e mais gostosa, pra mostrar que você me perdeu, que você sente saudades, não tem graça pra mim. Isso de me arrumar e mostrar o quanto eu sou feliz sem você, cansou também. Eu quero minhas lembranças sempre aqui, e pra isso eu preciso te amar um pouquinho. E preciso aniquilar seu nome aqui dentro também. E eu só quero isso. As nossas lembranças aqui. Eu quero lembrar de você bem, eu não quero mudar essa imagem linda que eu tenho de você. Eu não quero você, não mesmo. Eu só quero minhas lembranças.

domingo, 26 de setembro de 2010

Fodas, hoje... Fodas.

Não é você que é apaixonado por mim. Nem meu ex, nem o peguete que eu nem me lembro mais o nome, nem minha mãe, nem meu pai, muito menos meus amigos. Quem me ama mesmo, é o amor. Essa coisa nojenta que acorda comigo todas as manhãs, eu expulso da minha casa, da minha vida, e toda vez que eu abro a porta, ele entra, correndo. Se esconde, pra mim não reparar, e de manhã, ele ta lá. Não consegue entender que eu não quero o amor. Não quero me apaixonar, não quero escutar a palavra. Mas tá no meu pé. Se o amor tem virtudes, vou te dizer quais são: O poder de perdoar tamanha grosseria, insistente e chato, nojento. Opa, era virtude. Então, depois de muito expulsar ele da minha vida, resolvi beber. Porque vai que o amor não gosta de mulher que bebe, e no último caso: muito bebada, eu não vejo ele atrás de mim, me seguindo. Mas merda, eu conseguia sentir ele ali. Então eu resolvi mudar. Vai que me transformando em uma nova pessoa tudo muda, naquele grande clichê que sempre rola no reveillon - ano novo, vida nova. Aí eu mudei. Fiquei bem humorada, parei de beber, cortei o cabelo, fiz até progressiva. Cheguei linda em casa, ele me deu uma cantada, falou que eu estava linda. Ai não dá, amor ! No fim das contas, eu resolvi encarar. Quem sabe, correndo atrás, o amor ia reparar que eu sou grudenta, e ia embora ? Mas cara, olhar pra ele de frente, assim, encarando, botando os peitos mesmo... Ele era lindo. Eu achei que ia ser fácil, mas o amor era grande, era bonito e era forte. E a cada dia aquela merda crescia, eu enchia o saco, e ele amava. Ele não iria embora. Não hoje, não amanhã. E quer saber ? Pode ficar aí. Eu te amo mesmo e foda-se esse amor. Hoje, eu vou sair e vou trancar a porta. Se você for esperto, você consegue vir comigo, se não, pouco importa. Vai ficar lá, do meu lado, eu vou te apresentar para as minhas amigas, e vou dançar. Vou beber. Vou fumar. Vou pegar mais vinte caras. Eu te amo mesmo, pra sempre, quem sabe. Mas foda-se você. Foda-se esse amor.

Again.

Começando, de novo. 
Tentando, mais uma vez. 
E se nada der certo, eu volto e faço tudo errado de novo. 

Lembranças.

Ainda dói. Ainda machuca quando eu lembro, magoa o quanto eu amo. Mas passa, nem tudo agora é você. Agora, em partes, sou eu. Sozinha, mas eu. Agora, já são 10 segundos mais tarde, a dor é 10 segundos menor do que antes. E aí vai, se arrastando pelos ponteiros do relógio e pelos dias do calendário. Algumas semanas, um mês... As coisas começam a tomar sentido, e a gente levanta. Levanta sozinha, porque se alguém nos ajudar, a gente usa como apoio e vira dependente. Se não sabe como levantar sozinha, fica no chão e pensa. Pensa, pensa, pensa, chora por não saber como, só não pede ajuda. É como precisar de muletas pro resto da vida. E não, você quer andar com suas pernas. Então espera, a maré ta alta, a poeira não baixou. Então espera, a sua vez chega, e você levanta. Levanta, e anda pra trás. Continua mal. Mas anda. Vai pra algum lugar, mesmo que seja o mesmo lugar de sempre. Um dia aprende. Até que você para. Almeja alguma coisa na sua frente, e precisa andar. Andar pra frente, melhorar. Secar suas lágrimas pra ver direito, e parar de gritar pra escutar melhor. Aí sim, você tá pronta. As vezes você vai olhar pra tras, e vai ver o quanto era feliz. Mas, mais adiante, você se vê caída, mal. Aí você se vira pra frente novamente, e corre. Corre porque o mundo não parou pra você levantar, corre pra não perder o final feliz, corre pra alcançar as coisas de onde você parou. E aí sim, não vai doer mais, não vai magoar mais. Não será mais nada, além de lembranças.