domingo, 21 de agosto de 2011


Ontem me sentei na poltrona do quarto e fiquei olhando a lua. Qual a graça de uma bola branca no céu que ora está completa, ora esta na metade? Qual a graça desse balão branco que tem dias que ninguém encontra, e no outro está firme, enorme e intenso? Pensei no porque você via graça naquilo. E sabe o que é? Provavelmente a unica coisa que te entende e compreende. A lua é de lua. É de fases. Muda de acordo com o tempo. Se não está afim, vai pra trás da nuvem e até nunca mais. Mas se quer aparecer chega a mudar de cor. Nem branca mais ela quer ser. É como você. Muda de acordo com o tempo. Desaparece quando quer e fica intensa quando tem vontade. Bipolar. Muda o tempo todo. Tem seus dias de sorriso e dança, e logo depois quer abraço e companhia. É cheia de segredos. Não confia em ninguém. Usa quantas máscaras precisar pra dizer que está bem. E sabe que convence? Se eu não te conhecesse tão bem... Se eu não soubesse exatamente o que fazer pra ver sua verdadeira face, você iria me enganar. Assim como engana todos quando nada vai bem. Quando você precisa pedir ajuda e não pede. Você não precisa crescer. Pensar. Sofrer. Você precisa mudar. A forma de falar, de vestir, de andar, de ser. Precisa ouvir de forma diferente, pensar de forma diferente e saber responder. Entender que as vezes silêncio cobre qualquer resposta ou abraço. Entender que tempo cura, mas não soluciona. E que você precisa sim, ter alguém em quem confiar. Alguém em que você possa se apoiar. Precisa de melhores amigos. Irmãos. Pais. Sozinho dá mais certo, mas não se é feliz. É preciso bagunçar as coisas as vezes. E entender que tem valor. Imenso. Que ninguém pode comprar. Que tem pessoas que precisam de você. Mesmo. Eu preciso, por sinal. Precisei tanto, nesse um mês. Não importa se eu fui embora. Se quis ir embora pra sempre. Já te expliquei a diferença de irmão pra amigo, não é?

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Lamento...

Eu lamento tanto, mas tanto. É uma pena não conseguir. Não chegar lá. É uma pena tudo ter acontecido num só momento. Você sabe que quando esse tipo de coisa cái em mim eu desisto. Eu fujo. Não aguento, não carrego. É a vida. Eu tentei ao máximo, eu respirei fundo todas as vezes que você me mandava respirar. Eu tive calma quando você pediu. Mas chega. Estou farta. Cansada de vocês. Se eu pudesse ao menos sair de perto de vocês, desses problemas... Se eu ainda pudesse fugir sem dizer nada a ninguém. Mas não dá. Te encaro todos os dias com um sorriso enorme, enquanto minha mente me implora pra que eu saia correndo. Não vou mais forjar a raiva que tenho. O mau humor que quero mostrar. O inferno que quero fazer. A gente vê o que quer ver. E as vezes isso foi culpa minha. Só te mostrei o meu lado ruim. Aquele que você diz não se importar, viver bem, fria, calculista. Você só me conhece assim, porque eu  permiti que você só me visse assim. É uma pena você estar assim agora. É uma pena que você esteja indo por esse caminho. Mas eu não me importo. Porque eu sei que fiz o melhor por você. Eu tentei. Se você insiste em ir pelos mesmos caminhos é porque gosta. Porque quer. Porque não precisa de ajuda. Então lavo minhas mãos. Há tanto pra dizer. Mas posso resumir assim? Quem tudo quer, nada tem. Quando Deus te dá alguma coisa, te tira outra. Mais resumido ainda? Você não pode ter as duas. Infelizmente, não se mistura. Não existe essa fusão. É uma pena, também. E não é pra escolher, não. Eu já fui embora. Te prometi uma coisa: Vou te esperar. E vou, mesmo. Mas não vou estar tão próxima quanto antes, entende? Preciso de espaço e você também. E ta aí: VOCÊ venceu. Pode pegar teu prêmio e levar pra casa. Só por favor, tenta cometer mais acertos do que erros? Não é só o teu coração em jogo. Nem o meu, que você, por sinal, não dá a mínima. É o coração de alguém que acredita em você. Isso é tão raro... Então dá valor. Você sabe que eu odeio indiretas, não é? Mas sei que você vai ler isso, super curiosa, tentando entender a cada vírgula se foi pra você. E foi, irmãzinha. Foi pra você. Pra vocês. Sejam felizes. Lamentavelmente, felizes.

domingo, 7 de agosto de 2011

Die with me

Extremista, intensa, louca, feliz, forçada, bipolar... Chamem como quiser, chamem como quiser. Eu me entendo como sincera. Sou justa comigo. Não me trapaceio e nem me faço sofrer. Sou uma boa pessoa comigo mesmo, porque cansei dos outros não serem comigo. É por isso que sorrio com todos os ossos do corpo quando estou feliz e choro com todo meu sangue quando estou triste. Porque não quero forçar nada. Dizem que sorrir pra quem não gosta é uma questão de ser maduro e educado. Educação tem a ver com a forma que se é educado. Minha mãe me diz, desde pequena: "Independente de como seja, termine isso feliz. Não minta. Não forja ser o que não é. Se aceite e se ame. Ninguém mais o fará por você." E se eu não estiver feliz, me desculpe, não vou falar que estou. Vou estragar o dia dos outros com meu mau humor, mas você vai saber que algo me incomoda. O que eu mais odeio é isso. Gente que é quase lá. Não sei. Talvez. Sei lá. Não me vem com essas meia-verdades, porque não te pedi em metades. Não gosto de quem finge estar tudo bem pra não sair da zona de conforto. Se for pra virar a vida um inferno, faça dela um inferno. Só não pinte mais essas nuvens e esse céu azul na minha cabeça pra gente não brigar. Pra gente não perder a coisa legal que a gente tem. Se você finge, nós nunca a tivemos. Nós fingimos estar bem e isso me rasga a alma. Vivo infernos todos os dias com milhares de pessoas. Porque é a única coisa legal que a gente tem. E a gente se curte ardendo nesse inferno. Curando feridas, abrindo outras. Mas sabe que eu sou o diabo. Sabe que eu apronto e sei que você também me corta. Mas eu sei quem, eu sei como, e sei porque. E no fim das contas, quando tudo doer, ninguém vai mentir pra justificar. Só não me deixe aguardando o momento mais propício pra que eu faça tudo dar errado. Quero brigar aqui, agora. Quero pintar teu mundo de vermelho e te arrancar sangue. Mas para de forjar que tudo esta bem. Você sabe que não está.

sábado, 6 de agosto de 2011

The bitch is back

Método antigo. Estaca zero. É assim. Pra cada sonho destruído, cada lágrima que caiu, a gente se recusa a ir pra frente. Recua. Volta. Reparei que ser quem sou e fazer o que faço não me trouxe as vantagens que acreditava. Lembrei que tudo funcionava melhor, mais fácil e mais rápido no meu punho firme, meus olhos duros, minha atitude de sempre muito rígida e muito inflexível. Quem sabe seja assim mesmo, auto-sustentável. Independente. Fria. Cauculista. Quem sabe seja assim.

Primeiro amor

Mas é o que eu digo: a gente só ama o nosso primeiro amor. Estou falando de amor. Não suas crenças adolescentes. Paixões. Beijos. É amor. É difícil encontrar um primeiro amor que se tornou único amor. É difícil encontrar um amor que não acabou. Felizes os que se mantém. Pois são os únicos que possuem e entendem o real valor do amor, puro e genuíno. Porque amor, querendo ou não, acaba. E toda vez que se quebra, machuca. Por mais que ambas as partes se entendam e concordem, sofre. Dói. E é coisa do nosso corpo, procurar toda e qualquer forma de proteção. Criamos barreiras e escudos. E aí já era. Nunca mais você consegue confiar e ver as coisas da mesma forma. Você tem um pé atrás, independente da circunstância. E guarda. Guarda teu primeiro amor.
O tempo sufoca, amigo. Não é só o tempo, não. É tempo, distância, saudade. Mas tudo tem os dois lados da moeda.Tempo é traiçoeiro. Passa depressa, corre. Mas te deixa sofrer na mesma intensidade, todos os dias. Pequenas doses de desconforto emocional e insegurança. Distância te deixa distante do referencial. E quase sempre ajuda. Porque, o que os olhos não veem, o coração não sente. Se você não vê, você não sofre. O problema é que quando você continua sofrendo, é sinal de que é tão forte, ou que você é tão fraca, que toda, toda essa dor sobreviveu aos quilômetros de distância. A saudade é indiferente. Independente da distância, tempo, circunstância, você pode sentir saudade. Se sentar ao lado, sentir o cheiro. E sentir saudade. Abraçar e dar as mãos. E sentir falta. Então, a frase clichê "Vai passar" não é tão verídica, assim. Ou talvez você não funcione pra esse mundo. Talvez você não seja como todo mundo é. Talvez ser feliz não é pra você. Ai você escreve um texto pra mostrar que é independente, linda e isso não te afetou, mas, querida... Se você escreveu, se você gastou teu tempo... E o pior, se o texto ficou bom, é porque você se importa. Quando é pessoal as palavras se tornam mais fortes e concretas. São textos lindos, porque são reais. E aí, ele não falou nada? Ele não leu? Não se importou? Leu. E não, não se importou. Então, por favor, escuta uma coisa: Sofre mesmo. Pode chorar. Se quiser acreditar que não vai passar, acredite. Não vai passar, então. Vai ser ele, até o final. Mas ao invés de apostar em tempo, distância, saudade, macumba, yoga, academia, terapia... Aposta no orgulho. É orgulho que fecha, que protege, que guarda o finalzinho da dignidade que tem em você. Nem que seja pra ele achar que você continua saindo, dando e sorrindo. Nem que seja pra massagear seu ego. Nem que seja pra nada nessa vida, tente. 

Quase

Entre isso de sair com você ou simplesmente te ignorar e ficar em casa; eu resolvia te ligar e dormir ao telefone te escutando. Entre te defender ou ficar calada, eu te consolava. Foi por sempre não estar nem cá nem lá que você percebeu que eu estava na sua, mas estava sempre na minha. E foi por isso que você se foi. De morno, de mais ou menos... De meio-termo, já bastava você.
Outro dia desses - nostálgico, como sempre - eu resolvi dormir bem. Depois de chorar por toda noite, resolvi cessar todas as lágrimas e dormir. Confortável e quente. Tampei os objetos que a noite me assustam na minha criativa imaginação, coloquei meu gorro e me enterrei em dois cobertores de lã, bem pesados. Quando já estava lá embaixo, bem quentinha, começei a fazer uma lista mental, de todos os sonhos perdidos, dos desejos esquecidos. Comecei a me questionar, de onde eu os havia esquecido, e de como eu precisava voltar a vida. Decidi então, que faria o universo conspirar a meu favor. Decidi que as coisas iriam dar certo pra mim. Me questionei de quantas coisas podemos desistir quando um simples coisa acontece. Você desiste de ser, de estar, desiste de vestir ou sair pra tal lugar. Não to falando de grandes sonhos, não. Só desejos diários. Chocolate a tarde que você desiste de comer. Festa que você não quis ir. No começo isso parece pequeno. Mas depois de tanto se negar, você começa a se questionar, do porque não fez. Quantas coisas nos separam de nossos reais desejos, de nossos sonhos? Então, me mantive quentinha ali, pensando. E em primeiro, primeiro de todos os ítens da lista: Não desistir. Sorrir. Ser feliz. É a primeira meta. Sem pressa, sem dor. Mas irrecusavelmente irrecusável. Não precisa ser agora, não. Mas precisa ser cumprida. Porque pra todo começo é preciso de um pouco de motivação. E eu preciso demais levantar pra realizar o resto. A lista é grande, mas eu tenho tempo. E sorte.